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Infracommerce (IFCM3): agrupamento das ações em 15 por 1 afeta acionistas?

Iniciativa tem como objetivo principal adequar o preço unitário dos papéis da companhia a um patamar superior a R$ 1,00

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synapcom infracommerce
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A Infracommerce (IFCM3) anunciou, no último domingo (8), que seu conselho de administração aprovou a proposta de grupamento de ações ordinárias. A proposta será submetida à deliberação dos acionistas na Assembleia-Geral Extraordinária (AGE), marcada para o dia 30 de junho de 2025.

15 por 1: ajuste fino na estrutura de capital

A proposta prevê o grupamento na proporção de 15 ações ordinárias para 1 ação da mesma espécie.

Essa iniciativa tem como objetivo principal adequar o preço unitário dos papéis da companhia a um patamar superior a R$ 1,00, requisito regulatório da B3 — a bolsa de valores brasileira.

A medida é comumente adotada por empresas que buscam evitar sanções ligadas à cotação mínima de suas ações, além de melhorar a percepção de valor por parte do mercado e investidores institucionais.

E agora, acionista?

Caso o grupamento seja aprovado na AGE, os acionistas terão 30 dias para ajustar voluntariamente suas posições, de modo a evitar a formação de frações de ações, que são geradas quando o investidor não possui múltiplos exatos da nova proporção.

Durante esse período, será possível negociar os ativos no mercado, comprando ou vendendo ações para que as posições fiquem alinhadas ao novo formato.

Após esse prazo, qualquer fração remanescente será tratada conforme previsto no estatuto social ou em regulamento específico, geralmente sendo vendida em leilão, com o valor proporcional repassado aos acionistas.

Isso impacta investidores da IFCM3?

A proposta de grupamento de ações anunciada pela Infracommerce (IFCM3) é uma medida estratégica que visa adequar a cotação das ações da empresa ao valor mínimo exigido pela B3, atualmente fixado em R$ 1,00 por ação.

O papel da companhia tem sido negociado abaixo desse patamar, o que coloca a empresa sob risco de descumprir regras da bolsa e sofrer sanções, como advertências ou até o desenquadramento de listagem.

Além de se enquadrar às exigências da B3, a medida pode contribuir para tornar os papéis da companhia mais atrativos para investidores institucionais, que muitas vezes evitam ações consideradas “penny stocks” (abaixo de R$ 1).

O que não muda:
  • Valor total investido: O grupamento não altera o valor total da sua posição na empresa. Se você tinha, por exemplo, 15 ações a R$ 0,80 cada (R$ 12,00 no total), passará a ter 1 ação a R$ 12,00 após o grupamento.
  • Participação societária: Sua proporção de participação na empresa continua a mesma. Nenhum acionista será favorecido ou prejudicado nesse aspecto.
José Chacon
José Chacon

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.