Balanços

Infracommerce (IFCM3) corta prejuízo pela metade, mas vê alta preocupante da dívida líquida no 1° tri – veja os números

Empresa teve virada de jogo no EBTIDA e alta na receita, após reduzir significativamente as despesas operacionais

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infracommerce 1
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A Infracommerce (IFCM3) reduziu seu prejuízo líquido em 50% no primeiro trimestre de 2025 (1T25), encerrando o período com perdas de R$ 44,8 milhões — uma melhora significativa em relação aos R$ 90,3 milhões registrados no mesmo intervalo do ano passado.

Mesmo com uma queda de 15,7% na receita, que totalizou R$ 184,6 milhões entre janeiro e março, a empresa conseguiu dar sinais positivos de virada. O segredo? Um corte robusto nas despesas operacionais, que despencaram 47,3% e ficaram em R$ 57,8 milhões no trimestre.

O impacto dessa economia apareceu diretamente no EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), que ficou positivo em R$ 12,1 milhões

Esse resultado configura um salto expressivo frente ao resultado negativo de R$ 12,5 milhões no primeiro trimestre de 2024. A margem EBITDA, que era de -5,7%, virou para 6,6%.

Dívida ainda é pedra no sapato da Infracommerce

Apesar do avanço operacional, a saúde financeira da Infracommerce ainda inspira cuidados. A dívida líquida fechou o trimestre em R$ 711,4 milhões, uma alta de 49,7% na comparação anual e 11% acima do último trimestre. O caixa disponível era de R$ 87,2 milhões.

Grande parte desse endividamento está ligada ao processo de reestruturação em curso: R$ 716,2 milhões da dívida fazem parte do acordo de reestruturação, com outros R$ 10 milhões vinculados a uma capitalização.

Segundo a companhia, o consumo de caixa foi impactado por resultados operacionais negativos acumulados até o início da reestruturação e pelos custos do próprio plano de recuperação.

José Chacon
José Chacon

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.