Lucro recorde

Inter explode em lucro e pode entregar ROE de 30% até 2027: veja como

Holding do Banco Inter cresce 53% no trimestre e aposta em crédito FGTS, Home Equity e consignado digital.

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  • Lucro líquido do 2T25 é o maior da história da companhia: R$ 315 milhões
  • Carteira de crédito cresce 22% e impulsiona receitas de produtos rentáveis
  • Base chega a 40 milhões de clientes, com avanço em margens e digitalização

O Inter (INBR32) divulgou nesta quarta-feira (6) seu balanço do segundo trimestre de 2025 com um lucro líquido de R$ 315 milhões, o maior da história da companhia. O resultado representa uma alta de 53% em relação ao mesmo período do ano passado.

Assim, o desempenho foi impulsionado principalmente pela expansão da carteira de crédito e pelo crescimento nas receitas de produtos com maior rentabilidade, como FGTS e Home Equity. Desse modo, o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) subiu para 13,9%, com avanço de 4,1 pontos percentuais em 12 meses.

Carteira de crédito dispara e impulsiona margens

A carteira de crédito do banco Inter atingiu R$ 40,2 bilhões, com avanço de 22% na comparação anual. Somente as linhas de FGTS e Home Equity cresceram 42% e 38%, respectivamente. Segundo a empresa, a estratégia visa ampliar produtos colateralizados com menor risco.

Além disso, a receita bruta alcançou R$ 3,6 bilhões, enquanto a líquida superou os R$ 2 bilhões. O resultado demonstra que o foco em linhas rentáveis começa a gerar retornos mais consistentes. A margem líquida por cliente atingiu R$ 19,1 e o ARPAC chegou a R$ 53,7.

Portanto, o custo para servir (CTS) manteve-se estável em R$ 13,1, o que contribuiu para preservar a eficiência operacional mesmo em meio ao forte crescimento da base de clientes. Esse controle de custos foi essencial para manter o ROE em trajetória positiva.

Consignado privado ganha espaço

O novo produto de consignado privado digital já representa mais de 10% das novas concessões do trimestre, com R$ 728 milhões originados. Cerca de 70% dessas operações foram feitas com clientes da própria base, segundo o banco.

Ademais, a modalidade, 100% digital e colateralizada, se encaixa no perfil de risco do Inter e ajuda a diversificar a carteira sem elevar a inadimplência. A taxa de 90 dias ficou em 4,2%, enquanto a faixa de 15 a 90 dias caiu para 3,7%, sinalizando melhora.

Desse modo, a base de clientes atingiu 40 milhões em agosto, com 1,1 milhão de novos usuários ativos. O índice de ativação subiu para 57,7% e os logins diários no aplicativo alcançaram 18,6 milhões, reforçando o engajamento crescente com a plataforma.

Mercado vê fundamentos sólidos

Apesar do lucro recorde, o resultado ficou levemente abaixo do consenso de mercado. Ainda assim, analistas elogiaram a consistência operacional. Em relatório, o BTG Pactual destacou que os fundamentos permanecem sólidos e elevou a recomendação para “compra”.

Além disso, de acordo com o banco, a assimetria de risco voltou a ser favorável, já que mesmo após uma valorização de 30% das ações, o múltiplo de negociação continua atrativo. A estimativa do BTG é que a carteira de crédito cresça entre 25% e 30% neste ano.

Por fim, o CEO global João Vitor Menin afirmou estar confiante com os próximos trimestres. A meta é chegar a 60 milhões de clientes, alcançar 30% de eficiência operacional e um ROE de 30% até 2027. Para ele, 2025 será um ano decisivo na jornada do Inter&Co.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.