
- Eletrobras (ELET3) acumula 57,45% de alta em 2025 e entrou na faixa de sobrecompra pelo IFR
- SLC Agrícola (SLCE3) tem queda de 1,38% no ano e se aproxima da região de sobrevenda
- Outros destaques incluem Rede D’or e Eneva entre as mais caras, e Suzano e Weg entre as mais pressionadas
A disparada das ações da Eletrobras (ELET3; ELET6) colocou o papel entre os mais “caros” do Ibovespa, segundo o Índice de Força Relativa (IFR). Já a SLC Agrícola (SLCE3) aparece na outra ponta, como uma das ações mais “baratas”, despertando interesse de investidores atentos a possíveis pontos de entrada.
Nesse sentido, de acordo com o levantamento mais recente, a Eletrobras marcou 88,54 no IFR, ultrapassando com folga a faixa de sobrecompra, enquanto a SLC Agrícola registrou 38,34 pontos, perto da zona de sobrevenda. O contraste reforça os momentos opostos das companhias na Bolsa.
Euforia em Eletrobras
As ações da Eletrobras acumulam alta de 57,45% em 2025 e avanço de 30,62% em 12 meses. Esse desempenho acelerado impulsionou o IFR para a região de sobrecompra, sinalizando que a companhia pode estar próxima de uma correção.
Na prática, o movimento reflete o otimismo dos investidores em torno da empresa, mas também acende um alerta para quem busca novas entradas no papel. Assim, analistas avaliam que, quando o ativo sobe rápido demais, o risco de realização de lucros aumenta.
Mesmo assim, a estatal elétrica segue como destaque no Ibovespa, sustentada por expectativas ligadas à sua eficiência operacional e ao cenário de energia no país.
Oportunidade em SLC Agrícola
Já a SLC Agrícola vive pressão oposta. Os papéis acumulam queda de 1,38% em 2025 e recuo de 0,35% em 12 meses, o que os coloca próximos da região de sobrevenda. Esse movimento pode indicar que a ação esteja descontada no curto prazo.
Ademais, investidores atentos à análise técnica veem nesse cenário uma oportunidade para entrada, especialmente diante do posicionamento da companhia no agronegócio brasileiro, setor considerado estratégico e resiliente.
Portanto, o IFR abaixo de 40 ainda não caracteriza sobrevenda extrema, mas aproxima o papel dessa faixa, sugerindo possível janela de recuperação adiante.
IFR: como interpretar
O IFR mede a força e a velocidade dos movimentos de preço em uma escala de 0 a 100. Acima de 70, o ativo entra na região de sobrecompra; abaixo de 30, na zona de sobrevenda.
No caso da Eletrobras, o indicador mostra uma fase de forte euforia compradora. Já na SLC Agrícola, a leitura aponta pressão vendedora que pode abrir espaço para valorização futura.
Além delas, também figuram entre as mais sobrecompradas Rede D’or (RDOR3), Eneva (ENEV3) e Magazine Luiza (MGLU3). Na lista das pressionadas aparecem Suzano (SUZB3), Weg (WEGE3), Vamos (VAMO3) e Rumo (RAIL3).