IR 2026 já bate à porta: veja como investidores podem evitar dores de cabeça

• Investidores devem organizar documentos do IR 2026 desde já para reduzir erros
• Renda variável exige disciplina no recolhimento mensal de DARFs, sem atrasos
• Reembolsos de saúde e ganhos de capital são pontos de maior risco na malha fina

Mesmo faltando meses para o fim de 2025, especialistas afirmam que este é o momento certo para se organizar para o Imposto de Renda de 2026. Quem começa agora tem tempo para ajustar erros, reunir documentos e até corrigir eventuais falhas em DARFs atrasados.

Investidores em renda variável precisam redobrar a atenção. Então, eles mesmos calculam e pagam o imposto mensalmente, já que a cobrança não ocorre na fonte. Logo, negligenciar isso pode gerar multas, juros e muito estresse com a Receita Federal.

Como organizar tudo desde já

A recomendação é criar uma pasta exclusiva, digital ou física, para armazenar todos os informes de rendimentos, recibos médicos, comprovantes de ensino, DARFs pagos e notas de corretoras. Essa simples medida já reduz consideravelmente as chances de erro na declaração.

Além disso, acompanhar mensalmente as operações na bolsa ou em fundos imobiliários é essencial. Ao verificar lucros, calcular tributos e guardar comprovantes, o investidor evita o acúmulo de informações que, no futuro, podem virar dor de cabeça.

Desse modo, ferramentas digitais de gestão fiscal também ajudam a automatizar o processo. Com elas, o cálculo de imposto fica mais preciso e o risco de atraso em pagamentos é menor.

Onde a Receita costuma pegar

A renda variável exige disciplina. Em operações comuns com ações, a alíquota é de 15%, com isenção para vendas de até R$ 20 mil no mês. Já o day trade tem tributação de 20% sem isenção.

Além disso, os investidores devem declarar até pequenos ganhos, pois a Receita recebe dados das corretoras. Quem ignora valores aparentemente irrelevantes pode enfrentar multas e juros.

Portanto, outro ponto de atenção são os reembolsos de saúde. Declarar despesas sem incluir os reembolsos pode gerar inconsistências. No caso de imóveis e veículos, o contribuinte deve apurar o ganho de capital e pagar o imposto no mês seguinte à venda.

Erros comuns e como evitar

Entre as falhas mais recorrentes estão esquecer rendimentos pequenos espalhados em diferentes bancos, declarar incorretamente custos de aquisição de ações ou não emitir DARFs dentro do prazo.

Ademais, especialistas recomendam o uso de aplicativos e planilhas que fazem cálculos automáticos, além de manter um controle mensal dos ganhos e perdas. Corrigir esses erros ainda em 2025 é a chave para uma declaração rápida e sem pendências.

Por fim, quem se organiza cedo consegue transformar o IR em apenas uma formalidade burocrática, sem risco de multas ou da temida malha fina.