Alívio milionário? Isa Energia (ISAE4) garante anuência do BNDES e afasta risco de rombo financeiro

• ISAE4 obtém anuência do BNDES e evita vencimento antecipado dos contratos
• Companhia paga R$ 1,1 milhão em Comissão de Anuência para manter condições vigentes
• Financiamentos somavam R$ 695 milhões e seguem com indicadores preservados

A Isa Energia (ISAE4) recebeu do BNDES uma carta de anuência que impede o vencimento antecipado de seus contratos de financiamento, mesmo se houver descumprimento dos indicadores de alavancagem previstos para o exercício de 2025.

A decisão elimina o risco imediato de pressão sobre o caixa da companhia, que arcou com um custo de R$ 1,1 milhão pela Comissão de Anuência para manter válidos contratos que somavam R$ 695 milhões em 30 de setembro de 2025.

Anuência evita estresse financeiro

Com o documento emitido na última sexta-feira (28), o BNDES confirma que não exigirá a liquidação antecipada dos financiamentos da Isa Energia, mesmo em caso de estouro dos limites regulatórios.

Assim, a medida dá fôlego à companhia e reduz a volatilidade em torno de ISAE4.

Desse modo, vale lembrar que a empresa vinha sendo pressionada por incertezas sobre sua capacidade de cumprir os índices de alavancagem estabelecidos.

Indicadores sob vigilância

Os contratos financiados pelo BNDES preveem limites de 3,0 vezes para o indicador Dívida Líquida/EBITDA e de 0,7 vezes para Dívida Líquida/(Dívida Líquida + Patrimônio Líquido), com medição anual em 31 de dezembro.

Além disso, na prática, o banco reconhece que a eventual ultrapassagem desses parâmetros não será suficiente para acionar o vencimento antecipado dos contratos.

Portanto, isso evita o impacto direto nas necessidades de liquidez da empresa.

Condições preservadas e compromissos mantidos

A Isa Energia reforçou que todas as condições atuais dos financiamentos serão mantidas, sem alteração nas obrigações contratuais.

Ademais, a companhia também assegurou o cumprimento integral dos compromissos assumidos com o BNDES.

Por fim, a anuência garante continuidade operacional e estabilidade na gestão do endividamento ao longo de 2026.