
- BTG mantém o Itaú como principal escolha entre os bancos brasileiros
- Mesmo com queda das ações, tese estrutural segue forte e atrativa
- A empresa divulgará o resultado do 2T25 em 5 de agosto, e isso pode destravar valor.
Apesar da queda recente nas ações do Itaú Unibanco (ITUB4), o banco segue sendo o favorito entre os analistas do BTG Pactual. Sendo assim, para eles, a tese estrutural da instituição financeira permanece sólida e ainda está longe de estar totalmente precificada pelo mercado.
Desse modo, em relatório enviado a clientes nesta quinta-feira (17), o BTG reforça que o Itaú tem condições de manter um ROE (Retorno sobre o Patrimônio Líquido) acima do custo de capital, o que sustenta sua posição de liderança no setor bancário brasileiro.
Queda das ações não assusta analistas
Nos últimos meses, as ações do Itaú enfrentaram oscilações e recuaram frente ao pico do ano. Ainda assim, o BTG vê o momento como uma oportunidade de entrada, já que o banco mantém fundamentos sólidos e uma estratégia de crescimento bem definida.
Além disso, os analistas lembram que o Itaú conseguiu preservar margens mesmo em cenários de juros altos, inadimplência elevada e aumento da concorrência digital. Esse desempenho consistente reforça a resiliência do modelo de negócios do banco.
Portanto, para o BTG, o mercado ainda não está precificando todo o potencial da companhia, principalmente no que diz respeito à sua capacidade de gerar retorno sustentável e capturar oportunidades de ganho de eficiência nos próximos trimestres.
ROE forte e vantagem competitiva
Um dos principais argumentos do BTG para seguir otimista com o papel é a capacidade do Itaú de manter o ROE elevado. Esse indicador é um dos mais acompanhados pelo mercado financeiro e mostra o quanto uma empresa consegue gerar lucro com os recursos dos acionistas.
Ademais, segundo os analistas, o Itaú se destaca entre os pares por entregar retorno superior ao custo de capital, algo que nem todos os bancos conseguem em momentos de maior incerteza econômica. Além disso, a instituição possui vantagem competitiva em canais digitais, base de clientes e eficiência operacional.
Por fim, a visão do BTG é de que, mesmo com o cenário desafiador, o Itaú segue entregando resultados acima da média. Isso sustenta a recomendação positiva e a expectativa de valorização das ações no médio e longo prazo.
Olhar para o 2T25 e além
O próximo grande marco para o papel será o resultado do segundo trimestre, que será divulgado no dia 5 de agosto. A expectativa é que o banco mantenha sua trajetória de rentabilidade, mesmo diante de um ambiente macroeconômico instável.
Além disso, investidores estarão atentos a indicadores como inadimplência, margem financeira, crescimento da carteira de crédito e guidance para os próximos meses. Qualquer sinal de aceleração ou ganho de eficiência pode destravar valor rapidamente nas ações.
Por fim, outro ponto de atenção será a evolução da estratégia digital do banco, que continua sendo uma das principais frentes de diferenciação em relação à concorrência. Desse modo, o Itaú tem reforçado sua atuação em tecnologia e parcerias para manter a liderança mesmo diante da pressão das fintechs.