
- Itaú quer 75% do varejo atendido online até 2028, mirando mais eficiência e expansão.
- Inteligência artificial passa a ser usada para recomendar investimentos e reduzir custos.
- Banco promete dividendos extras já em 2026, reforçando atratividade para acionistas.
O Itaú (ITUB4) deixou o mercado em alerta após anunciar metas ambiciosas no Itaú Day 2025. Executivos projetaram retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) entre 25% e 28% e revelaram estratégias que vão da expansão digital agressiva até um novo foco na baixa renda, movimento que pode redefinir sua disputa direta com Nubank e Inter.
Nesse sentido, a digitalização está no centro do plano. O banco quer elevar de 15% para 75% o atendimento online em até três anos, reduzindo custos e aumentando margens. Para analistas, a meta é ousada, mas plausível, já que concorrentes digitais operam 100% online.
IA no comando e clientes de baixa renda no radar
Além de cortar despesas, o Itaú usará inteligência artificial para recomendar investimentos em tempo real, em um modelo que simula assessoria personalizada.
Ademais, o objetivo é atrair mais engajamento de clientes de alta renda e abrir espaço para avançar sobre um mercado de mais de 100 milhões de brasileiros de baixa renda.
Portanto, especialistas avaliam que, com menor custo de servir, o banco pode tolerar níveis mais altos de inadimplência sem perder rentabilidade, uma mudança estrutural que reforça a competitividade frente às fintechs.
Dividendos no horizonte
O CEO Milton Maluhy Filho confirmou que o Itaú planeja distribuir dividendos extraordinários no início de 2026, além do payout mínimo de 30%.
Analistas, porém, divergem: enquanto alguns veem a ação como “cara” no curto prazo, outros projetam dividend yield acima de 7% ao ano e recomendam compra.
No pregão de terça, ITUB4 fechou a R$ 38,12. Por fim, as casas de análise projetam preço-alvo entre R$ 42,50 e R$ 45, dependendo do cenário de execução do plano.