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Itaúsa (ITSA4) antecipa resgate de R$ 1,3 bilhão em debêntures e reduz dívida em 30%

Os recursos para o resgate vêm do aumento de capital concluído em maio, com o objetivo de reforçar o caixa e a liquidez da holding

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A Itaúsa (ITSA3)(ITSA4) anunciou nesta segunda-feira (30) que vai realizar o resgate antecipado de R$ 1,25 bilhão em debêntures da 2ª série da sua 4ª emissão, originalmente emitidas em 2021, como parte de sua estratégia de desalavancagem iniciada no fim de 2022.

Com o pagamento de remuneração e prêmios previstos na escritura de emissão, o desembolso total da operação alcançará aproximadamente R$ 1,3 bilhão, em 15 de julho de 2025.

Os recursos para o resgate vêm do aumento de capital concluído em maio, com o objetivo de reforçar o caixa e a liquidez da holding, que tem participações em empresas como Itaú Unibanco, Alpargatas e Dexco.

Com o pré-pagamento, a Itaúsa reduzirá sua dívida bruta em cerca de 30%, além de cortar o custo médio da dívida de CDI + 1,54% ao ano para CDI + 1,37% ao ano — um alívio relevante para as despesas financeiras da companhia nos próximos anos.

Impacto da redução da dívida na Itaúsa

A série de debêntures antecipada possuía vencimentos escalonados para 2029, 2030 e 2031, com juros de CDI + 2,0% ao ano.

Ao antecipar esse passivo, a Itaúsa também reduz o risco de concentração de amortizações nesses anos e diminui sua exposição à necessidade de refinanciamento futuro, o que fortalece seu perfil conservador de gestão financeira.

“O resgate é mais um passo na estratégia de fortalecimento da estrutura de capital da companhia, com foco em eficiência, preservação da liquidez e redução de risco”, destacou a Itaúsa em nota.

O movimento deve agradar o mercado, que tem valorizado empresas com controle de endividamento e previsibilidade de caixa, sobretudo em cenários de juros ainda elevados no Brasil.

José Chacon
José Chacon

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.