
- Bancos e frigoríficos puxam o índice para cima
- Petroleiras caem com temores sobre produção da Opep+
- Supermercadistas e Embraer se destacam entre as maiores altas
O Ibovespa encerrou o pregão desta quarta-feira (23) em forte alta de 1,34%, aos 132.216,07 pontos, marcando o maior nível de fechamento desde 27 de março.
O principal índice da Bolsa brasileira avançou 1.751,69 pontos, com todos os setores no positivo, exceto as petroleiras, que recuaram após notícias vindas da Opep+. Já o dólar comercial caiu 0,16% e terminou o dia cotado a R$ 5,718.
A sessão foi marcada por otimismo generalizado nos mercados locais, refletido no volume financeiro negociado, que atingiu R$ 18,30 bilhões. O Ibovespa oscilou entre a mínima de 130.467,91 pontos e a máxima de 133.318,04.
Bancos e frigoríficos lideram ganhos
Os grandes bancos, portanto, protagonizaram a recuperação do Ibovespa, com destaque para Bradesco (BBDC4), que disparou 3,30%, e Itaú Unibanco (ITUB4), que avançou 2,10%. A valorização dessas ações sinalizou confiança dos investidores nas instituições financeiras, mesmo em um cenário de juros elevados.
No setor de proteínas, a JBS (JBSS3) roubou a cena com um salto de 6,38%, liderando as altas do dia. A aprovação da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) para a listagem de suas ações no mercado americano animou o mercado. A decisão representa um passo importante na estratégia de internacionalização da empresa, que busca aumentar sua base de investidores globais.
Já a Embraer (EMBR3) também teve um dia positivo e subiu 3,53%. A valorização reflete, assim, o otimismo do mercado com a robusta carteira de pedidos da fabricante de aeronaves, que animou analistas e atraiu investidores ao papel.
Petroleiras recuam
Apesar do desempenho amplamente positivo da Bolsa, o setor de petróleo foi o único a registrar quedas significativas. As petroleiras menores, conhecidas como “petro juniores”, sofreram os maiores impactos. A PRIO (PRIO3) recuou 3,26%, enquanto a PetroRecôncavo (RECV3) caiu 2,60%.
A Petrobras (PETR4), no entanto, oscilou durante o dia, pressionada pelas incertezas no mercado internacional de petróleo, e fechou em queda de 1,13%. As perdas ocorreram após a divulgação de que membros da Opep+ sugeriram acelerar, pelo segundo mês consecutivo, o aumento da produção de petróleo a partir de junho. O movimento derrubou os preços da commodity, interrompendo a sequência de altas recentes.
Assaí avança e varejo se divide
No setor de varejo, os desempenhos se dividiram. Algumas empresas recuaram, acompanhando, assim, o consumo mais fraco e o impacto da inflação sobre as margens. No entanto, o segmento supermercadista se destacou positivamente.
O Assaí (ASAI3) liderou o grupo com alta de 3,82%, refletindo sua resiliência operacional e boas perspectivas de crescimento no segmento de atacarejo.
Além disso, outras ações de supermercados também subiram, contribuindo para o tom otimista do índice. O desempenho, no entanto, sinaliza a preferência dos investidores por empresas defensivas, que tendem a se beneficiar mesmo em contextos econômicos desafiadores.
Tópicos principais:
- Ibovespa: +1,34%, aos 132.216,07 pontos
- Dólar: -0,16%, a R$ 5,718
- Volume financeiro: R$ 18,30 bilhões
- Maior alta: JBSS3 (+6,38%)
- Maior queda: COGN3
- Setor de destaque: Bancos e frigoríficos
- Setor pressionado: Petróleo, com recuo após sinalização da Opep+