Meta otimista

JPMorgan projeta Ibovespa a 155 mil e aponta ações “baratas” com potencial de valorização

Banco identifica espaço para nova alta da bolsa brasileira e lista empresas com múltiplos atrativos para investidores.

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carteira do Ibovespa B3
carteira do Ibovespa B3
  • Ibovespa pode chegar a 155 mil pontos, apoiado por juros menores e cenário tarifário favorável.
  • JPMorgan destaca ações baratas e com potencial de alta, incluindo SANB11, SIMH3, RENT3, KLBN11 e EMBR3.
  • Critérios incluem valuation atrativo, crescimento esperado de lucros e dívida/Ebitda favorável, permitindo exposição estratégica à próxima fase do mercado.

O Ibovespa acumula alta de 23% no ano e já avançou 5% desde 10 de outubro, aproximando-se da meta otimista de 155 mil pontos traçada pelo JPMorgan. Nesse sentido, as estrategistas do banco veem espaço para uma nova “pernada de alta” com base em fatores macroeconômicos favoráveis.

Assim, segundo o JPMorgan, a queda da inflação, o afrouxamento monetário do Banco Central e do Federal Reserve, e a melhora no cenário tarifário global podem impulsionar ainda mais o mercado. Embora riscos como dólar mais forte, aumento de gastos no Brasil e resultados corporativos decepcionantes devam ser monitorados.

Cenário favorável para nova alta

O banco destaca três fatores que sustentam o otimismo:

  1. Inflação e expectativas de inflação em queda, abrindo caminho para cortes de juros no Brasil. O JPMorgan projeta recuo de 4,25 pontos percentuais na Selic.
  2. Federal Reserve deve reduzir juros, com expectativa de pelo menos mais dois cortes, beneficiando mercados emergentes, incluindo a América Latina.
  3. Melhora no cenário tarifário, tanto entre EUA e China quanto EUA e Brasil, favorecendo empresas exportadoras e setores estratégicos.

Desse modo, riscos permanecem, como o dólar acima do esperado, aumento de gastos públicos e resultados corporativos abaixo do esperado. Apesar disso, os estrategistas seguem confiantes no potencial de valorização.

Critérios do JPMorgan para ações promissoras

O banco definiu cinco critérios para identificar ações com potencial de valorização:

  • Maior potencial frente ao preço-alvo 2026.
  • Desempenho relativo mais baixo no ano.
  • Ações consideradas baratas, com P/L esperado entre 10 e 12x.
  • Expectativa de crescimento de lucros acima de 15% para 2026.
  • Empresas com dívida/Ebitda acima de 2x, beneficiando-se da queda dos juros.

Entre os destaques:

  • Maiores potenciais de alta: Simpar (SIMH3), Localiza (RENT3), Metalúrgica Gerdau (GOAU4), Bradespar (BRAP4), CBA (CBAV3), Marcopolo (POMO4), Mahle Metal Leve (LEVE3).
  • Piores desempenhos no ano: Randon (RAPT4), São Martinho (SMTO3), Brava Energia (BRAV3), PetroReconcavo (RECV3), Klabin (KLBN11), Suzano (SUZB3), WEG (WEGE3).

Ações “baratas” e com crescimento esperado

O JPMorgan ainda destaca:

  • Mais baratas: Simpar (SIMH3), Cyrela (CYRE3), Santander Brasil (SANB11), Mahle Metal Leve (LEVE3), Azzas 2154 (AZZA3), Ser Educacional (SEER3), EzTec (EZTC3), Yduqs (YDUQ3).
  • Crescimento de lucros esperado 2026: Embraer (EMBR3), Inter (BDR: INBR32), Nubank (BDR: ROXO34), Yduqs (YDUQ3), Smart Fit (SMFT3), M. Dias Branco (MDIA3), Copel (CPLE6).
  • Maior endividamento líquido/Ebitda: Neoenergia (NEOE3), Energisa (ENGI11), Motiva (MOTV3), Alupar (ALUP11), Klabin (KLBN11), Simpar (SIMH3), Vibra Energia (VBBR3), Copel (CPLE6).

Esses critérios ajudam a identificar empresas que podem se beneficiar da próxima fase de valorização do mercado, especialmente com juros mais baixos e crescimento moderado da economia.

Perspectivas do mercado

O JPMorgan reforça que o Ibovespa está apenas 4,7% abaixo da meta de 155 mil pontos, com espaço para novas altas.

Ademais, a combinação de queda de juros, cenário tarifário positivo e inflação controlada cria oportunidades para investidores de longo prazo.

Em suma, o banco recomenda atenção para empresas com valuation atrativo. Além disso, crescimento de lucros e boa posição financeira, também são capazes de capturar ganhos em um mercado ainda em expansão.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.