
- Licença do Ibama no campo de Wahoo destrava gatilho de valorização da Prio.
- Produção deve crescer 40% até 2026, somando 40 mil barris diários adicionais.
- Mercado ainda não precificou o potencial, e bancos veem upside acima de 60%.
A recente licença de instalação concedida pelo Ibama para o campo de Wahoo marcou um ponto de virada para a petroleira Prio (PRIO3). Segundo o estrategista Reydson Mattos, da NMS Research, o movimento funciona como principal gatilho para destravar valor na ação.
Apesar de a Bolsa ter reagido com apenas 2% de alta no dia do anúncio, o analista afirma que o mercado ainda não refletiu o impacto real da notícia. Para ele, a empresa entra em uma fase estratégica de expansão, com fundamentos que a tornam uma aposta diferenciada.
Potencial de crescimento da produção
A Prio já produz 100 mil barris por dia, e o campo de Wahoo deve adicionar mais 40 mil barris diários até 2026. Essa expansão representa um salto relevante de capacidade em pouco tempo, reforçando a tese de crescimento acelerado.
Segundo Mattos, esse avanço não só consolida a companhia como líder no setor privado brasileiro de óleo e gás, mas também aumenta sua resiliência frente a oscilações de preço do petróleo.
Na visão do especialista, a licença do Ibama elimina um dos principais riscos do projeto, transformando Wahoo em catalisador imediato para os próximos trimestres.
Ação ainda subvalorizada
Mesmo com a boa notícia, Mattos destaca que o preço atual da Prio não reflete o potencial de valorização. Ele lembra que alguns bancos já trabalham com projeções de upside superior a 60% no médio e longo prazo.
Esse desconto estaria ligado à cautela do mercado em relação ao cenário global de petróleo e aos riscos de execução dos projetos. No entanto, com Wahoo em andamento, parte dessas incertezas tende a se dissipar.
Portanto, o analista reforça que o momento pode ser ideal para investidores que buscam exposição ao setor de energia em fase de expansão.
Visão para o investidor
De acordo com a análise da NMS Research, a Prio combina crescimento robusto com valuation atrativo. A companhia deve manter disciplina financeira, mesmo com os novos investimentos, e gerar caixa consistente a partir de 2026.
Além disso, a estratégia de diversificação de campos e contratos reduz riscos operacionais e dá previsibilidade à produção. Isso aumenta a confiança de que a companhia poderá cumprir o plano de expansão.
Por fim, com isso a petroleira segue como uma das favoritas do setor, sustentada por gatilhos de curto prazo e forte potencial de valorização a longo prazo.