
- LOGG3 vende galpão em Brasília por R$ 163,6 milhões, com margem bruta de 27,2%.
- Transação com fundo ligado à Oaktree reforça apetite estrangeiro por ativos logísticos.
- Empresa já soma R$ 424,6 milhões em vendas em 2025 e segue focada na disciplina de capital.
A Log Commercial Properties (LOGG3) anunciou neste sábado (26) a venda do galpão Log Brasília por R$ 163,6 milhões. O imóvel foi adquirido pelo fundo HCO Opps Aero II, ligado à HCO Group, uma joint venture entre a brasileira Huma Capital e veículos da americana Oaktree Capital Management.
Sendo assim, essa é a segunda operação de desinvestimento concretizada pela empresa em 2025. Nesse sentido, ambas somam R$ 424,6 milhões em valor de venda, com margens brutas que ultrapassam 31%, o que demonstra a execução disciplinada do plano anual da companhia.
Venda reforça disciplina de capital e liquidez do portfólio
O ativo Log Brasília possui localização estratégica nas proximidades do aeroporto da capital federal. Com uma Área Bruta Locável (ABL) de 63.592 m², a LOG detinha 76,6% dessa área, o equivalente a 48.686,8 m². O preço médio por metro quadrado foi de R$ 3.361, montante considerado bastante atrativo pelo mercado.
Além disso, a margem bruta da operação ficou em 27,2%. Além disso, o valor da venda se manteve próximo ao valor patrimonial líquido (NAV) do ativo, evidenciando que a empresa conseguiu negociar em condições vantajosas mesmo com o cenário de juros altos. A estratégia da LOG é clara: reciclar ativos maduros para financiar novas oportunidades com maior potencial de retorno.
De acordo com a própria companhia, essa movimentação reforça a atratividade do portfólio e mostra que há liquidez para os seus ativos. Portanto, a execução alinhada ao plano anual fortalece a estrutura de capital e permite à LOG manter o foco em projetos estratégicos.
Investidores institucionais seguem atentos ao setor logístico
A entrada do fundo ligado à Oaktree Capital Management mostra que os ativos logísticos brasileiros continuam atraentes para o capital estrangeiro. A gestora americana é uma das maiores do mundo em investimentos alternativos e tem apostado no Brasil em setores com alto potencial de retorno, como galpões industriais.
Ademais, mesmo em um ambiente macroeconômico desafiador, fundos internacionais buscam ativos bem localizados, com contratos de longo prazo e baixa vacância. O setor logístico ainda apresenta resiliência e demanda firme, especialmente em regiões com forte conexão logística, como Brasília.
Desse modo, analistas destacam que o movimento de venda de ativos não compromete a operação da LOG. Pelo contrário, reforça a posição de caixa, reduz alavancagem e permite que a empresa invista em ativos com maior rentabilidade.
Expectativas para o segundo semestre seguem positivas
Com a conclusão de duas vendas relevantes em menos de sete meses, a LOG mostra consistência na execução do plano de desinvestimentos. O uso disciplinado dos recursos obtidos deve impulsionar novos lançamentos e contribuir para a geração de valor aos acionistas.
Além disso, o mercado avalia positivamente esse movimento, pois entende que a empresa não apenas cumpre metas, mas também melhora sua estrutura financeira. A expectativa é de que a LOG continue promovendo vendas seletivas ao longo de 2025, sempre que houver boas oportunidades.
Por fim, o setor logístico segue como uma das apostas para o médio prazo. Com o avanço do e-commerce e a busca por eficiência nas cadeias de suprimento, a demanda por galpões de qualidade deve continuar aquecida. A LOG parece estar bem posicionada para capturar esse crescimento.