
- MRFB3 subiu 22,7% após acordo com HPDC/PIF e transferência de ativos MENA.
- Transação pode gerar US$ 320 milhões e reduzir dívida em cerca de 4%.
- BTG Pactual vê destravamento de valor, mas mantém recomendação neutra até confirmação.
As ações da MBRF (MRFB3) saltaram 22,7% às 13h44, após alta de 6,45% na véspera. Além disso, o anúncio envolveu venda de ativos produtivos e de distribuição na região MENA.
A companhia transferirá quase todos os ativos da região, exceto Turquia, para a joint venture MBRF Arabia. A HPDC, subsidiária do fundo soberano PIF, cairá de 30% para 10% na estrutura inicial.
Detalhes da operação
A HPDC terá obrigação de elevar a participação a 17,5% em até três anos. Por sua vez, a empresa manterá opção de alcançar até 40% no futuro.
Se a ampliação ocorrer, a MBRF pode receber até US$ 320 milhões pela venda secundária. Esse montante ajudaria a reduzir alavancagem no balanço da companhia.
O BTG Pactual avaliou que a operação é positiva para destravar valor, embora tenha mantido recomendação neutra.
Reação do mercado
Às 13h44, os papéis MRFB3 saltavam 22,7%, refletindo otimismo dos investidores. Além disso, houve demanda por ações ontem e na manhã de hoje.
Analistas destacam que a simplificação regional tende a aumentar eficiência operacional na MENA. Investidores veem ganho em foco estratégico e monetização de ativos.
O salto mostra confiança, mas também gera atenção sobre cronograma e execução da transação.
Perspectivas e riscos
O acordo pode reduzir a dívida líquida consolidada em cerca de 4% nas estimativas de 2025. No entanto, a efetivação depende de condições contratuais e aprovadores locais.
No entanto, há risco de execução e de variações no cronograma de aportes pela HPDC. Assim, o mercado monitora cláusulas de preço e gatilhos da operação.
Portanto, embora o movimento seja positivo, a valorização exige confirmação nos próximos trimestres.