
A Méliuz (CASH3) anunciou nesta segunda-feira (23) a aquisição de 275,43 bitcoins nos últimos dias, logo após a conclusão de sua oferta de ações. O investimento totalizou US$ 28,61 milhões, com preço médio de US$ 103.864,38 por bitcoin.
Com essa nova movimentação, a companhia passa a deter 595,67 bitcoins em sua tesouraria, consolidando-se como a maior detentora de Bitcoin entre empresas listadas da América Latina e a 36ª maior do mundo, segundo dados do site bitcointreasuries.net.
Méliuz se posiciona como “Bitcoin Treasury Company”
Além do número absoluto, a companhia destaca que opera como uma Bitcoin Treasury Company — conceito que vai além de simplesmente alocar parte do caixa no criptoativo.
O objetivo é acumular bitcoins de maneira acretiva, ou seja, aumentando o número de BTC por ação ao longo do tempo, gerando valor diretamente para o acionista.
“Mais do que proteção contra inflação ou câmbio, queremos maximizar a quantidade de Bitcoin por ação”, afirmou a empresa no comunicado.
Indicadores apresentados pela empresa
A Méliuz introduziu métricas específicas para mensurar o sucesso da sua estratégia com o criptoativo:
- BTC Yield: Crescimento percentual do número de bitcoins por ação. A empresa reportou um yield de 908% entre o 1T25 e o 2T25, e de 44% nos últimos 36 dias, equivalente a um yield mensal de 35,42%.
- BTC Gain: Medido em quantidade absoluta de bitcoins adicionados no período. Foram 415,1 BTC no trimestre e 140,5 BTC desde 15 de maio de 2025.
- BTC US$ Gain: O equivalente em dólares da performance acumulada:
🔹 US$ 42,89 milhões entre 1T e 2T25
🔹 US$ 14,52 milhões desde a última aquisição - mNAV (multiple of Net Asset Value): Relação entre o valor de mercado da empresa e o valor de mercado dos bitcoins em custódia. Hoje, o múltiplo está em 2,16.
- mNAV Months to Cover: Mede quantos meses seriam necessários para a empresa “cobrir” esse múltiplo com a taxa atual de acumulação de Bitcoin. O indicador ficou em 76 dias (cerca de 2,5 meses).
O que isso significa para o investidor?
A estratégia da Méliuz aproxima a companhia de modelos como o da MicroStrategy, nos EUA, que se tornou referência global ao acumular bilhões em Bitcoin como forma de tesouraria.
No Brasil, a empresa se destaca como pioneira nesse tipo de abordagem, oferecendo uma exposição indireta ao Bitcoin via mercado de ações — e atraindo tanto entusiastas de cripto quanto investidores interessados em estratégias alternativas de valorização.