Leve alta

Mercado em alerta: dólar reage a encontro que pode mudar cenário global

Moeda americana sobe frente ao real em meio a tensões geopolíticas e expectativa pelo simpósio de Jackson Hole.

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Dólar
Reprodução
  • Dólar sobe 0,22% no início da sessão e é negociado a R$ 5,4122
  • Reunião entre Trump e Zelenskiy em Washington concentra atenção dos investidores
  • Banco Central realiza leilão de swaps cambiais para rolagem de contratos

O dólar iniciou a semana em leve alta frente ao real, refletindo a expectativa em torno da reunião entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy. O encontro ocorre em Washington nesta segunda-feira (18).

Enquanto investidores aguardam sinais do simpósio de Jackson Hole, a moeda norte-americana avançava 0,22% no início do pregão, cotada a R$ 5,4122 na venda. Na sessão anterior, o dólar havia recuado 0,34%, fechando a R$ 5,3994.

Movimento do câmbio

O avanço inicial do dólar reflete não apenas o cenário geopolítico, mas também o posicionamento dos investidores antes da semana marcada por falas de dirigentes do Federal Reserve. O encontro anual em Jackson Hole pode trazer sinais mais claros sobre os próximos passos da política monetária dos Estados Unidos.

A busca por proteção em meio a incertezas internacionais contribui para a valorização da moeda, ainda que de forma moderada. Analistas destacam que, apesar da oscilação pontual, o câmbio permanece em patamar elevado para padrões históricos.

Esse cenário reforça a cautela dos agentes de mercado, que ajustam posições em função de notícias externas e eventos programados.

Ações do Banco Central

No Brasil, o Banco Central anunciou leilão de até 35 mil contratos de swap cambial tradicional, com vencimento em 1º de setembro de 2025. A operação tem objetivo de rolagem e busca dar liquidez ao mercado, reduzindo volatilidade em momentos de pressão.

Esse tipo de intervenção costuma ser bem recebido por agentes financeiros, pois garante previsibilidade e evita distorções maiores no câmbio. Ainda assim, o efeito imediato depende do fluxo de capitais estrangeiros e da leitura de risco do país.

O BC sinaliza que seguirá ativo para suavizar movimentos bruscos, mas evita interferir no direcionamento de longo prazo da taxa de câmbio.

Perspectivas para a semana

O mercado deve seguir atento aos desdobramentos da reunião entre Trump e Zelenskiy. Dependendo do tom das conversas, pode haver impacto adicional sobre moedas emergentes, incluindo o real.

Além disso, a expectativa em relação ao simpósio de Jackson Hole mantém os investidores em compasso de espera. Caso o Fed dê sinais de cortes de juros, o dólar pode perder força, mas um discurso mais conservador tende a reforçar a moeda.

Assim, a semana promete volatilidade, com o câmbio oscilando conforme novos eventos externos se desenrolem.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.