Declarações controvérsias

Mercado sente o impacto das pressões políticas, recuo do petróleo e negativas econômicas

Mercado é impactado por declarações de Lula sobre Galípolo, movimento do petróleo e rebaixamento de bancos.

Mercado sente o impacto das pressões políticas, recuo do petróleo e negativas econômicas
  • Influência de fatores políticos e econômicos pesaram sobre o índice, com destaque para o impacto do petróleo e ações de bancos
  • Apoio do presidente ao presidente do Banco Central foi insuficiente para estabilizar completamente o mercado
  • Com destaque para quedas nas ações do Bradesco e Lojas Renner, e desempenho misto das ações de empresas do setor

O Ibovespa encerrou o dia com uma queda de 1,68%, atingindo os 124.400,59 pontos, o que representa uma perda de 2.121,07 pontos. A sessão registrou desempenho negativo em vários setores, com destaque para os bancos, Petrobras e empresas de varejo.

A pressão externa sobre o mercado foi acentuada pelo recuo dos preços do petróleo e por movimentações no cenário político e econômico brasileiro.

Lula dá apoio a Galípolo

O presidente Lula fez declarações sobre a gestão do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, que ajudaram “a acalmar o mercado em relação ao dólar“. Lula afirmou que é necessário “dar tempo ao Galípolo” para que ele possa corrigir a taxa de juros no Brasil.

“Tenho certeza de que ele vai consertar a taxa de juros nesse País. Temos de dar a ele o tempo necessário para fazer as coisas”, disse Lula.

Essas declarações ajudaram a segurar a cotação do dólar, que fechou com uma leve queda de 0,08%, a R$ 5,763. O impacto positivo foi limitado, pois os juros futuros (DIs) fecharam em alta na maior parte da curva, gerando um ambiente de incerteza no mercado.

O petróleo e os impactos nas ações da Petrobras

A queda nos preços do petróleo internacional foi outro fator que contribuiu para a pressão negativa sobre o mercado, afetando especialmente as ações da Petrobras (PETR4).

Os papéis da petroleira fecharam em queda de 1,49%, acompanhados por recuos nas ações de outras empresas do setor, como a PRIO (PRIO3), que perdeu 1,96%.

O desempenho do petróleo no mercado internacional é sempre um fator determinante para as empresas do setor no Brasil. E, portanto, o cenário atual de incerteza tem deixado os investidores cautelosos.

Os bancos enfrentam rebaixamento

Os bancos foram outro ponto de destaque no pregão de hoje. O Bradesco (BBDC4) liderou as perdas, com uma queda de 4,56%, após o rebaixamento de recomendação por analistas internacionais.

Em contrapartida, o Santander (SANB11) recebeu uma elevação em sua recomendação. No entanto, que segurou a ação no campo positivo durante grande parte da sessão, mas que acabou fechando com uma leve queda de 0,61%.

O Itaú Unibanco (ITUB4) também sofreu uma queda de 2,77%, enquanto o Banco do Brasil (BBAS3) recuou 1,64%.

A instabilidade no setor bancário está sendo gerada por fatores internos e externos, com destaque para a deterioração das perspectivas econômica. Além dos movimentos de rebaixamento de análises por investidores.

Varejo e outros setores em queda

O setor de varejo também foi severamente impactado hoje, com quedas generalizadas entre as principais ações. As Lojas Renner (LREN3) tiveram uma das maiores perdas, caindo 4,07%.

Por outro lado, o Carrefour (CRFB3) foi uma das poucas exceções, subindo 2,68%. No entanto, impulsionado por notícias que podem levar à deslistagem da empresa.

Além disso, a Vale (VALE3), apesar da alta no preço do minério de ferro, recuou 0,67%, refletindo um cenário de volatilidade nos mercados globais.

Outras empresas que sofreram perdas incluem Porto (PSSA3), que caiu 3,84% após corte de recomendação. Embraer (EMBR3), com queda de 1,03%, Ambev (ABEV3), que perdeu 0,36% após resultados trimestrais da Heineken. Além da TIM (TIMS3), que subiu 2,19% devido ao foco em dividendos e recompras de ações.

Rocha Schwartz
Paola Rocha Schwartz
Estudante de Jornalismo, apaixonada por redação e escrita! Tenho experiência na área educacional (alfabetização e letramento) e na área comercial/administrativ