
- Meta assinou contrato de US$ 10 bilhões com o Google Cloud por seis anos.
- Acordo inclui servidores, redes e armazenamento, reforçando estratégia multinuvem.
- Google Cloud cresce 32% em receita e ganha fôlego na disputa contra AWS e Azure.
A Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, assinou um contrato histórico de US$ 10 bilhões com o Google Cloud para expandir sua infraestrutura de inteligência artificial. O acordo, válido por seis anos, é um dos maiores já firmados pela Alphabet.
A parceria envolve acesso a servidores, redes e sistemas de armazenamento e marca um passo decisivo de Mark Zuckerberg na corrida global para dominar a próxima geração de modelos de IA.
Corrida pelo futuro
Segundo o The Information, a Meta pretende investir centenas de bilhões de dólares em capacidade computacional para sustentar seus projetos de inteligência artificial. O contrato com o Google reforça a estratégia da big tech de usar uma abordagem multinuvem para acelerar resultados.
Nos últimos anos, a empresa dividiu operações entre AWS, Azure, Oracle e CoreWeave, além de manter data centers próprios, como o recém-inaugurado em Kansas City. Agora, com o Google, a empresa amplia o leque de fornecedores. Além disso, ganha acesso à infraestrutura do Gemini 2.5. Esse modelo de IA fortaleceu a posição do Google no setor.
Desse modo, essa flexibilidade permite negociar melhores preços, garantir redundância e manter vantagem competitiva em uma área cada vez mais disputada.
Efeito no mercado
O Google Cloud ainda é a terceira força global, atrás da AWS e da Azure, mas cresce com acordos estratégicos. Recentemente, fechou contratos com a Apple, OpenAI e Salesforce, e agora adiciona a Meta à sua lista de clientes de peso.
No segundo trimestre, a divisão registrou US$ 13,6 bilhões em receita, alta de 32% sobre o ano anterior, com lucro de US$ 2,83 bilhões. Além disso, analistas da Bloomberg destacam que a empresa pratica preços mais competitivos que rivais, o que facilita a conquista de clientes estratégicos.
Portanto, para a Meta o acordo reforça o foco em desenvolver o Llama, seu modelo próprio de inteligência artificial, em um cenário onde busca competir com soluções de ponta em busca, tradução e agentes de codificação.
O que está em jogo
O negócio mostra que, além de competirem em redes sociais e anúncios digitais, as gigantes da tecnologia também travam uma guerra por infraestrutura e poder de processamento.
Ademais, enquanto a Microsoft aposta na parceria com a OpenAI e a Amazon investe pesado em nuvem com a AWS, o Google conseguiu atrair até mesmo um rival direto como a Meta.
Por fim, essa corrida é considerada crucial para definir quem dominará a economia da IA nos próximos anos. E, para a Meta, garantir múltiplos parceiros de nuvem pode ser a chave para não ficar atrás na disputa.