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Minerva (BEEF3): JP Morgan mantém visão 'neutra', mas eleva preço-alvo — entenda

Nova estimativa representa um potencial de valorização de 18,5% em relação ao último fechamento da ação

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Minerva (BEEF3): JP Morgan mantém visão 'neutra', mas eleva preço-alvo — entenda

O JP Morgan manteve sua recomendação ‘neutra’ para as ações da Minerva (BEEF3), mas revisou para cima o preço-alvo, elevando de R$ 5,00 para R$ 6,00 com projeção para dezembro de 2025.

A nova estimativa representa um potencial de valorização de 18,5% em relação ao último fechamento da ação, que subiu 0,2% e terminou o pregão da última quinta-feira (22) cotada a R$ 5,06.

Melhora nos fundamentos impulsiona projeções para Minerva

Os analistas do JP Morgan atualizaram o modelo de avaliação da Minerva com base nos resultados do primeiro trimestre de 2025 e no recente aumento de capital de R$ 2 bilhões, anunciado em abril via subscrição privada de ações.

A instituição projeta uma receita líquida de R$ 53 bilhões para 2025, alta de 14% em relação à previsão anterior, agora ligeiramente abaixo da faixa projetada pela própria companhia e 7% acima do consenso de mercado.

Já o EBITDA (lucro antes juros, impostos e amortizações) estimado subiu 10%, para R$ 4,5 bilhões, superando em 3% a média das projeções dos analistas.

Os fatores que sustentam essa revisão para cima incluem:

  • Volumes de produção superiores ao esperado;
  • Melhoria no mix de vendas, o que ajudou a elevar os preços em dólar;
  • Maior projeção de receita e rentabilidade operacional.

Valuation justo, cenário externo incerto

Apesar dos avanços, o JP Morgan destaca que a ação da Minerva é negociada atualmente a um múltiplo EV/EBITDA de 4,3x para 2025, o que considera próximo de seu valor justo, limitando o potencial de reavaliação do ativo.

Além disso, fatores macroeconômicos e estruturais justificam a cautela:

  • A mudança do ciclo do gado, que pode pressionar margens;
  • Taxas de juros ainda elevadas, que reduzem o apetite por risco;
  • Variações cambiais que podem atrapalhar os planos de desalavancagem da companhia;
  • Aumento de capital com impacto marginal no fluxo de caixa livre;
  • Um valuation ainda pouco atrativo, mesmo com apoio parcial de fornecedores.
José Chacon
José Chacon

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.