
A Minerva (BEEF3) observa uma alta acentuada de suas ações nesta quarta-feira (25), após a conclusão de uma oferta de capital e atualização do modelo proprietário. Por volta das 10:45, os papéis da companhia subiam 2,74% a R$ 4,87.
Diante disso, a XP Investimentos elevou a recomendação das ações para compra e incluiu o papel como sua Top Pick – principal escolha – do setor de Agronegócio e Alimentos e Bebidas.
No entanto, a casa revisou o preço-alvo da ação para R$ 7,90, ante R$ 8,40 anteriormente.
“Acreditamos que o valuation oferece uma relação risco-retorno atrativa”, afirma a XP, destacando que a ação está sendo negociada a 4,5 vezes o EV/EBITDA para 2025, abaixo da média histórica do setor, que gira em torno de 5,0 vezes.
A corretora também chama atenção para o yield de fluxo de caixa livre (FCF) de 15,1% projetado para 2026.
A XP pontua que, mesmo com um perfil de alavancagem elevado, os riscos estão devidamente dimensionados nas análises de sensibilidade.
Nesse sentido, a casa entende que a companhia está bem posicionada para capturar os ganhos do ciclo de alta no setor de proteínas, além de aproveitar o impulso positivo das exportações.
“A Minerva se destaca como o único nome na nossa cobertura com uma história de momentum de lucros, impulsionada por fundamentos favoráveis de oferta e demanda e pela expansão dos ativos recentemente adquiridos”, diz a XP.
Principais pontos de crescimento na Minerva
Entre os principais catalisadores para o crescimento da companhia, a XP menciona:
- A expansão das plantas adquiridas, com premissas conservadoras tanto em volume quanto em preços;
- Um cenário global de déficit de proteínas, que sustenta a expectativa de alta nos preços internacionais;
- E uma visão mais positiva para as exportações brasileiras, com os preços já 11,8% acima da média de março.
Além disso, a corretora atualizou seu balanço de oferta e demanda e agora projeta melhor disponibilidade de gado para o segundo semestre de 2025, o que pode beneficiar as margens da companhia em meio ao ramp-up das novas operações.
“Mesmo em um cenário extremo, estimamos que a ação estaria negociando a 4,9x EV/EBITDA para 2025, com um yield de FCF de 9,2% em 2026. Embora esse claramente não seja um cenário particularmente atrativo, reforça nossa visão de que a assimetria permanece positiva”, afirma a XP.