Oscilação nos resultados

Montanha-russa: Hypera sobe 12%, Azul derrete 25% e Ibovespa quebra recorde

Bolsa brasileira fecha em alta de 1,79% e bate recorde do ano, ações de Hypera sobem mais de 12% e Azul despenca quase 25%.

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Montanha-russa: Hypera sobe 12%, Azul derrete 25% e Ibovespa quebra recorde
  • Ibovespa crava novo pico de 2025 com impulso de blue chips e farmacêutica
  • Hypera dispara após balanço fraco e Usiminas decepciona mesmo superando estimativas
  • Azul desaba quase 25% com aumento de capital e rouba o posto de maior queda do dia

O Ibovespa encerrou esta quinta-feira (24) com uma alta expressiva de 1,79%, aos 134.580,43 pontos, no maior nível de fechamento registrado em 2025. O índice saltou 2.364,36 pontos na sessão e atingiu a nova máxima intradiária do ano, em 134.937,55 pontos, ultrapassando marcas que não eram vistas desde setembro de 2024.

A movimentação do mercado refletiu uma combinação de entusiasmo com algumas ações específicas, expectativa de resultados financeiros e ajustes de portfólio de grandes investidores. Apesar de algumas quedas pontuais, o saldo geral foi amplamente positivo, com a B3 (B3SA3) registrando o maior volume negociado do dia.

Hypera lidera ganhos com alta de 12,27%

A ação da Hypera (HYPE3) roubou a cena. Mesmo com números trimestrais considerados abaixo do esperado, o papel saltou 12,27% e liderou os ganhos do dia.

O mercado, no entanto, interpretou os dados com viés otimista, apostando na resiliência do setor farmacêutico e na possibilidade de recuperação operacional nos próximos trimestres. O desempenho explosivo de HYPE3 também influenciou positivamente outros ativos do setor.

Na contramão, a Usiminas (USIM5) recuou 4,28%. A companhia, contudo, divulgou resultados que superaram as projeções do mercado, mas os analistas destacaram preocupações com a rentabilidade e a pressão nos preços de aço. O tom cauteloso em relação ao futuro pesou sobre os papéis.

Azul despenca após anunciar aumento de capital

O grande destaque negativo do pregão foi a Azul (AZUL4). A companhia aérea viu suas ações desabarem 24,84% após a homologação de um aumento de capital. A diluição dos atuais acionistas e a percepção de necessidade urgente de reforço no caixa assustaram o mercado. A queda profunda colocou AZUL4 como a maior baixa do dia.

Outras empresas também tiveram desempenho fraco. A Suzano (SUZB3) caiu 0,36%, mesmo com rumores sobre uma aquisição bilionária. A RD (RADL3), portanto, perdeu 1,33%, após um banco rebaixar a recomendação da ação.

Já a Petrobras (PETR4) recuou 0,46%, mesmo com o petróleo em alta no mercado internacional. A movimentação refletiu o receio dos investidores sobre os próximos passos da estatal.

Vale sobe antes de balanço e B3 lidera

A Vale (VALE3) subiu 1,56% com a expectativa do balanço que será divulgado ainda nesta noite. O mercado, contudo, espera uma desaceleração no desempenho da mineradora, tanto no segmento de ferrosos quanto em metais básicos, mas ainda vê a empresa como âncora do índice.

A ação da B3 (B3SA3), no entanto, encerrou como a mais negociada do dia, com volume expressivo, refletindo o forte movimento institucional na Bolsa.

O Ibovespa segue com viés positivo em abril, alimentado por resultados corporativos, fluxo estrangeiro e expectativas de cortes de juros no horizonte. A volatilidade, porém, segue alta, especialmente em papéis de empresas endividadas ou com margens pressionadas.

Rocha Schwartz
Paola Rocha Schwartz

Estudante de Jornalismo, movida pelo interesse em produzir conteúdos relevantes e dar voz a diferentes perspectivas. Possuo experiência nas áreas educacional e administrativa, o que contribuiu para desenvolver uma comunicação clara, empática e eficiente.

Estudante de Jornalismo, movida pelo interesse em produzir conteúdos relevantes e dar voz a diferentes perspectivas. Possuo experiência nas áreas educacional e administrativa, o que contribuiu para desenvolver uma comunicação clara, empática e eficiente.