
A Wilson Sons (PORT3) informou nesta quarta-feira (4) que foi concluída a operação de venda do controle da companhia para a MSC Mediterranean Shipping Company, maior empresa de transporte marítimo do mundo. A transação envolveu o pagamento de R$ 4,351 bilhões pela aquisição de 56,39% do capital da empresa, correspondente a 248,6 milhões de ações ordinárias.
A operação marca a saída definitiva da OW Overseas (ligada à Ocean Wilsons Holdings) da base acionária da companhia.
Considerando compras realizadas anteriormente em bolsa, a MSC agora detém 68,39% das ações da Wilson Sons, o que a posiciona como controladora majoritária.
Wilson Sons vai sair da B3?
Com a consolidação do controle, a MSC pretende protocolar na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) uma Oferta Pública Unificada (OPA). A operação tem como objetivos:
- Permitir que acionistas minoritários vendam suas ações nos mesmos termos da operação principal, conforme prevê o artigo 254-A da Lei das S.A.;
- Cancelar o registro da Wilson Sons como companhia aberta na CVM;
- Retirar a companhia do Novo Mercado da B3.
A OPA será feita ao preço mínimo de R$ 17,50 por ação, corrigido pela taxa Selic até a data do leilão, e pago à vista, em moeda nacional.
Mudança na administração e estratégia de expansão
Como parte da mudança de controle, os conselheiros William Henry Salomon e Christopher Townsend renunciaram a seus cargos no Conselho de Administração.
Para seus lugares foram nomeados Hugues Ronan Favard, diretor de investimentos da MSC, e Elber Justo, CEO da MSC no Brasil.
A MSC declarou que a aquisição da Wilson Sons está alinhada à sua estratégia de expansão na América Latina, com foco no fortalecimento de sua infraestrutura logística no Brasil, buscando sinergias operacionais e ganhos de eficiência.