
- PetroReconcavo pagou R$ 168,8 milhões e adquiriu 50% dos ativos de gás da Brava no RN.
- A Joint Operating Agreement regerá a operação, que terá a Brava como operadora.
- A empresa pagará o restante de 15% conforme avançar a transferência imobiliária.
A PetroReconcavo (RECV3) oficializou nesta quarta-feira (30) a compra de 50% dos ativos de gás natural que pertenciam à Brava Energia (BRAV3) no Rio Grande do Norte. O valor desembolsado foi de R$ 168,8 milhões, correspondente à metade da transação já acertada entre as companhias.
Com a conclusão do acordo, a operação desses ativos passa a seguir as regras de um Joint Operating Agreement (JOA). A Brava seguirá como operadora, enquanto as duas empresas compartilharão decisões estratégicas por meio de um Comitê Operacional composto por representantes de ambas.
Detalhes da transação
A aquisição envolveu a subsidiária da Brava, a 3R Potiguar, e foi concluída após o cumprimento de todas as condições precedentes do contrato. Além do pagamento já realizado, a PetroReconcavo deverá quitar de forma fracionada 15% do valor remanescente, conforme avance a transferência imobiliária dos ativos.
O movimento reforça a presença da PetroReconcavo no setor de midstream de gás natural, segmento estratégico que integra transporte, processamento e armazenamento. Já a Brava garante continuidade como operadora, mantendo influência direta nas decisões.
Segundo o contrato firmado, as empresas pretendem alinhar suas operações de modo a ampliar a eficiência e a rentabilidade no mercado regional, aproveitando a infraestrutura já consolidada no Rio Grande do Norte.
Implicações para o mercado
A transação marca um passo importante na consolidação da PetroReconcavo, que busca ampliar sua relevância no setor energético do Nordeste. Ao dividir ativos com a Brava, a companhia cria sinergias que podem reduzir custos e aumentar margens operacionais.
Para a Brava, o acordo representa um reforço de caixa imediato e a possibilidade de concentrar esforços na gestão estratégica, enquanto mantém papel de destaque na operação. A governança compartilhada por meio do Comitê Operacional é vista como um mecanismo de maior transparência e equilíbrio de interesses.
O setor de gás natural segue no radar de investidores, em meio às discussões sobre expansão da malha de transporte e a abertura de novas frentes regulatórias, que podem favorecer parcerias semelhantes às anunciadas.
Próximos passos
Com a transferência concluída, o foco passa a ser a execução das etapas contratuais restantes. A PetroReconcavo deverá acompanhar de perto o processo de transferência imobiliária e efetuar os pagamentos pendentes conforme o cronograma.
O Comitê Operacional recém-criado terá como responsabilidade principal definir prioridades para os investimentos e adequações necessárias na infraestrutura de gás natural. Sendo assim, entre os pontos centrais estão a modernização das unidades e a ampliação da capacidade de escoamento.
No médio prazo, a expectativa é que a parceria fortaleça a posição das duas companhias em um mercado cada vez mais competitivo, no qual eficiência logística e controle de custos definem a rentabilidade.