
O Nubank (ROXO34) anunciou, na última terça-feira (13), um lucro líquido de US$ 557,2 milhões no primeiro trimestre de 2025 (1T25), uma alta de 74% em relação ao mesmo período de 2024, já considerando os efeitos do câmbio.
Com isso, o banco crava um novo patamar de rentabilidade e consolida sua presença como um dos maiores players financeiros da América Latina.
As receitas também vieram forte: US$ 3,2 bilhões, um avanço de 40% no comparativo anual, impulsionadas principalmente pelas linhas de crédito e pelo desempenho robusto dos cartões.
O retorno sobre o patrimônio (ROE), termômetro da eficiência financeira, ficou em 27% — e salta para 48% na operação brasileira, que sozinha respondeu por US$ 560 milhões do lucro.
Crescimento com engajamento de dar inveja
“Com um equilíbrio entre ousadia e disciplina, estamos aproveitando diversas oportunidades de crescimento”, comentou o CEO e fundador David Vélez.
E ele tem motivo para comemorar: o Nubank já conta com 118,6 milhões de clientes nos três países onde opera — Brasil, México e Colômbia — sendo que 4,3 milhões foram adicionados só entre janeiro e março deste ano.
No Brasil, o banco já soma 104,6 milhões de clientes e um alcance que já representa 60% da população adulta. “O engajamento dos nossos clientes nunca foi tão alto”, destacou Vélez.
A taxa de atividade mensal chegou a impressionantes 83%, com 98,7 milhões de usuários ativos.
Crédito e expansão internacional aceleram o motor
O cartão de crédito segue sendo uma locomotiva: cresceu 40% no trimestre, enquanto a originação de empréstimos avançou 64%, atingindo um recorde de R$ 17,3 bilhões.
“Estamos vendo uma forte tração nos produtos core do banco”, disse o CFO Guilherme Lago.
Ainda assim, nem tudo são flores. O índice de inadimplência de curto prazo (15 a 90 dias) subiu de 4,1% para 4,7%, o que Lago atribui à sazonalidade do primeiro trimestre.
Já nos créditos com mais de 90 dias, o banco conseguiu melhorar, reduzindo a inadimplência de 7% para 6,5%.
México e Colômbia: o Nubank está se espalhando
No México, o Nubank chegou a 11 milhões de clientes, um salto de 91% na comparação anual. Os depósitos por lá subiram 18%, para US$ 5,4 bilhões.
Na Colômbia, foram 3 milhões de clientes e crescimento de 30% nos depósitos, totalizando US$ 1,8 bilhão.
A estratégia de escalar com inteligência fora do Brasil vem se provando eficaz. Segundo o banco, o lucro líquido ajustado da operação global foi de US$ 606,5 milhões, reforçando o apetite e a capacidade de escalar o modelo digital para além das fronteiras nacionais.