Demanda por infraestrutura

NVIDIA deixa analistas de queixos caídos e ações disparam

Mesmo com restrições de exportação, gigante dos chips bate recorde de receita, projeta crescimento ainda maior.

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NVIDIA deixa analistas de queixos caídos e ações disparam
  • Nvidia fatura US$ 44 bilhões no 1º trimestre, com forte alta mesmo sob restrições de exportação para a China
  • Divisão de data centers impulsiona resultados, com US$ 39 bilhões em vendas de chips de IA
  • Empresa projeta US$ 200 bilhões em faturamento anual, mostrando que a corrida pela inteligência artificial está só começando

A Nvidia, líder incontestável no mercado de chips para inteligência artificial, mostrou mais uma vez que está um passo à frente da concorrência e das sanções políticas.

No primeiro trimestre fiscal, a empresa reportou uma receita explosiva de US$ 44 bilhões. Contudo, uma alta de 69% em relação ao mesmo período do ano passado, superando as expectativas de analistas e reforçando que a demanda por infraestrutura de IA continua aquecida.

Mesmo com os bloqueios de exportação de seus chips mais avançados para a China e outros países, medidas que impactaram diretamente a linha de produtos H20, a empresa comandada por Jensen Huang entregou resultados expressivos.

“A demanda global pela infraestrutura de IA da Nvidia continua incrivelmente forte”, afirmou o CEO durante conferência com analistas, que impulsionou as ações da companhia em mais de 4% no after market, após um pico inicial de 6%.

Desempenho

A principal locomotiva do desempenho foi a divisão de data centers, responsável pelas vendas de chips de IA, que registrou US$ 39 bilhões em receita. Contudo, uma alta de 73% sobre o mesmo trimestre de 2024.

Embora o número tenha ficado ligeiramente abaixo das projeções mais otimistas, ele confirmou o apetite das big techs e de outras empresas por capacidade computacional voltada à inteligência artificial.

O lucro por ação também superou as expectativas: US$ 0,96, frente aos US$ 0,63 registrados há um ano. Os analistas de Wall Street receberam o dado como mais uma prova de que a Nvidia segue como pilar do crescimento da nova economia digital. Dessa forma, baseada em IA generativa, automação e computação em nuvem.

Para o trimestre atual, a empresa projeta uma receita de US$ 45 bilhões, mas sinalizou que o número poderia ter chegado a US$ 53 bilhões, não fossem os impactos das restrições comerciais impostas pelo governo norte-americano.

Prejuízo e mercado

O prejuízo estimado com essas barreiras foi de US$ 4,5 bilhões, abaixo dos US$ 5,5 bilhões inicialmente previstos. Segundo a própria Nvidia, sua margem bruta teria alcançado 71,3%, se não fossem os efeitos contábeis das perdas com o embargo. O resultado oficial, ainda assim, foi robusto: 61% de margem bruta, considerado um patamar elevado para o setor.

Com 90% de domínio do mercado global de chips de IA, a Nvidia prevê um faturamento anual de US$ 200 bilhões em 2025. No entanto, quase sete vezes mais do que os US$ 27 bilhões que registrou em 2023, quando começou o boom de demanda impulsionado por modelos como o ChatGPT, Gemini e outras plataformas de IA generativa.

A expansão da empresa não mostra sinais de arrefecimento. Novas parcerias, investimentos em supercomputadores e avanços em redes neurais deverão impulsionar ainda mais a procura por seus chips nos próximos trimestres. Para analistas, o avanço da Nvidia reafirma sua posição como empresa mais estratégica da década, à frente da transformação digital global.

Rocha Schwartz
Paola Rocha Schwartz

Estudante de Jornalismo, movida pelo interesse em produzir conteúdos relevantes e dar voz a diferentes perspectivas. Possuo experiência nas áreas educacional e administrativa, o que contribuiu para desenvolver uma comunicação clara, empática e eficiente.

Estudante de Jornalismo, movida pelo interesse em produzir conteúdos relevantes e dar voz a diferentes perspectivas. Possuo experiência nas áreas educacional e administrativa, o que contribuiu para desenvolver uma comunicação clara, empática e eficiente.