Retorno ao investidor

O anúncio da Vale (VALE3) que pode engordar a sua carteira

Companhia confirma nova remuneração ao acionista e divulga números do 2º trimestre, com agenda definida e datas-chave no radar.

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O anúncio da Vale (VALE3) que pode engordar a sua carteira
  • Vale confirma JCP com data-com em agosto e pagamento em setembro aos acionistas
  • Resultados do 2T25 mostram queda em lucro e EBITDA mas preservam geração de caixa
  • Programa de recompra e agenda de projetos sustentam a política de retorno ao investidor

A Vale (VALE3) aprovou juros sobre capital próprio de R$ 1,895387417 por ação. Além disso, a empresa marcou o pagamento para 3 de setembro de 2025 na B3 e para 10 de setembro nos ADRs.

Enquanto isso, a mineradora reportou no 2T25 lucro atribuível de US$ 2,117 bilhões, queda de 24% ano a ano. Já o EBITDA ajustado somou US$ 3,386 bilhões, recuo de 15%, e a receita líquida ficou em US$ 8,804 bilhões, baixa de 11%.

Remuneração ao acionista

O conselho definiu a data-com na B3 para 12 de agosto de 2025. Em seguida, as ações passam a ex-remuneração em 13 de agosto, tanto na B3 quanto na NYSE. Para os ADRs, a record date ficou em 13 de agosto, com pagamento via Citibank a partir de 10 de setembro.

Além disso, a Vale alertou que o valor por ação pode variar levemente até as datas de corte. Isso ocorre porque o programa de recompra altera o número de papéis em tesouraria.

Assim, o anúncio preserva a política de retorno ao acionista mesmo em um trimestre mais fraco. Portanto, o fluxo de proventos segue previsível e com calendário claro.

Retrato do 2º trimestre

No período, a receita caiu 11% e refletiu preços realizados menores. Ainda assim, o EBITDA ajustado de US$ 3,386 bilhões manteve margem saudável. Por sua vez, o EBIT ajustado atingiu US$ 2,606 bilhões.

Além disso, custos e despesas (ex-Brumadinho e descaracterização) recuaram 7% na comparação anual, para US$ 6,462 bilhões. Já as despesas ligadas a Brumadinho somaram US$ 38 milhões, bem abaixo do trimestre anterior.

Enquanto isso, o fluxo de caixa livre ficou em US$ 1,008 bilhão. Dessa forma, a geração de caixa melhorou frente ao 1T25 e sustentou a disciplina de capital.

O que fica no radar

A companhia reiterou foco em qualidade de portfólio e eficiência. Além disso, projetos de descarbonização seguem na agenda, o que pode apoiar preços e demanda no médio prazo.

Por outro lado, a volatilidade do minério e o apetite da China continuam decisivos para volumes e margens. Portanto, o guidance operacional e o câmbio seguem no centro das estimativas.

Por fim, as datas de corte e o pagamento dos JCP viram gatilhos imediatos para o investidor. Assim, quem busca renda deve acompanhar o calendário e a recompra em curso.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.