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O gatilho que virou a chave na Ser Educacional (SEER3); e o que ela faz agora

Companhia supera projeções, explica captação do 2º semestre e acelera plano de rentabilidade com menos alavancagem.

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  • Ser supera projeções em EBITDA e lucro enquanto mantém captação do 2º semestre dentro do plano
  • Disciplina em preços e foco em cursos de maior valor elevam eficiência e ajudam a reduzir a alavancagem
  • Medicina avança com novas vagas e decisões do MEC podem ampliar capacidade e sustentar crescimento

A Ser Educacional (SEER3) entregou um trimestre acima do consenso e reforçou a estratégia de rentabilidade. Além disso, a gestão apontou que a captação do 2º semestre está “em linha” com o planejado.

O movimento vem após a captação recorde no começo do ano. Assim, a empresa sustenta a virada iniciada no 1º tri.

Resultados e consenso

A Ser elevou o EBITDA em 25% ano a ano e chegou a R$ 185 milhões. Além disso, o número ficou acima do consenso de R$ 164 milhões. Assim, a margem ganhou fôlego com controle de custos.

O lucro líquido ajustado avançou 87,3% e bateu R$ 86,5 milhões. Desse modo, a companhia também superou a projeção de R$ 67 milhões. Portanto, o bottom line confirmou a melhora operacional.

A receita líquida cresceu 10% e atingiu R$ 589 milhões. Porém, o avanço poderia ser maior. Isso porque a base do ProUni aumentou 35% e elevou a dedução no período.

Captação, portfólio e modelo acadêmico

Segundo o CEO Jânyo Diniz, a captação do 2º semestre segue o roteiro interno. Além disso, a Ser prioriza turmas com ticket maior e cursos de maior atratividade. Assim, saúde e direito puxam o mix.

O ensino híbrido continua pilar de rentabilidade. Com isso, os campi operam mais cheios e reduzem ociosidade. Portanto, a ocupação sustenta eficiência sem abrir mão de qualidade.

Hoje, 8,1% dos alunos estão ligados a programas federais. Ao mesmo tempo, a companhia ajusta preços e bolsas. Desse modo, a política comercial busca equilíbrio entre volume e margem.

EAD, inadimplência e caixa

A base do EAD recuou 1,9% no ano. Mesmo assim, a Ser evitou a guerra de preços e preservou rentabilidade. Além disso, a nova regra que exige ao menos 20% de carga presencial abre oportunidades.

A provisão para devedores subiu 33% e ficou perto de 10% da receita líquida. Porém, a empresa afirma que os provisionamentos estão mais conservadores do que a inadimplência real. Assim, o risco fica coberto.

O caixa operacional líquido somou R$ 34 milhões. Portanto, a geração foi oito vezes maior que há um ano. Em paralelo, a alavancagem caiu para 1,24x, após recuo de 0,8x.

Medicina, vagas e próximos passos

A medicina cresceu 27% no ano após novas vagas. Além disso, as vagas recentes abrangem do 1º ao 3º ano. Assim, a entrada superará as formaturas nos próximos três anos.

A empresa aguarda decisões do MEC sobre cinco liminares de 200 vagas cada. Como o MEC tem aprovado cerca de 60 por liminar, o total pode subir em torno de 300. Portanto, o potencial indica alta de 30% frente ao número atual.

No mercado, a ação acumulou 62% em doze meses. Em paralelo, o valor de mercado está perto de R$ 1,15 bilhão. Desse modo, a execução seguirá no centro da tese.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.