Operacional

O que a Prio (PRIO3) vai fazer para atingir produção de 200 mil barris por dia? Entenda meta ambiciosa

Empresa detalha estratégia ousada de expansão, com novos FPSOs, aquisições bilionárias e reforço no caixa para dobrar produção nos próximos dois anos

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prio prio3 petroleo nao tende a cair absurdamente nos proximos meses ou anos
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A Prio (PRIO3) confirmou oficialmente sua meta de alcançar produção superior a 200 mil barris de petróleo por dia até 2026, em resposta a um pedido de esclarecimento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) após declarações feitas por seu CEO, Roberto Monteiro, durante evento do setor de óleo e gás.

A petroleira não apenas reiterou o objetivo como apresentou um plano estruturado e agressivo de crescimento, ancorado em expansão de ativos, aquisições estratégicas e reforço de capital.

De acordo com a projeção formal, a companhia pretende atingir uma produção de 215,8 mil barris por dia em 2026, mais que o dobro da média atual, que gira em torno de 100 mil barris diários.

A meta, segundo a empresa, está ancorada em dados técnicos dos Relatórios de Certificação de Reservas, elaborados pela consultoria norte-americana DeGolyer & Macnaughton.

4 FPSOs são a espinha dorsal da nova fase

O aumento de produção será possível graças à operação integrada de quatro FPSOs (navios-plataforma), cada um com papel-chave na engrenagem de crescimento da Prio:

  • FPSO Peregrino: 36,6 mil barris/dia
  • FPSO Valente (Frade e Wahoo): 23,7 mil barris/dia
  • FPSO Forte (Albacora Leste): 13 mil barris/dia
  • FPSO Bravo (Polvo e Tubarão Martelo): 5,5 mil barris/dia

A empresa já colhe frutos dessa estratégia: no primeiro trimestre de 2025, registrou produção média de 109,3 mil barris por dia, um salto de 24% em relação ao trimestre anterior — reflexo direto da consolidação dos primeiros 40% do Campo de Peregrino.

Aquisição bilionária e caixa turbinado na Prio

Para alcançar sua meta, a Prio aposta pesado no desenvolvimento do Campo de Wahoo e na conquista integral do Campo de Peregrino.

Em maio de 2025, a empresa anunciou a aquisição dos 60% restantes de Peregrino por US$ 3,35 bilhões, tornando-se dona de 100% de seu principal ativo, o que adicionará 202 milhões de barris às reservas provadas da companhia.

Para viabilizar esse salto, a Prio aprovou sua maior captação da história: R$ 2,4 bilhões por meio da 6ª emissão de debêntures, recurso essencial para financiar projetos de expansão sem comprometer sua saúde financeira.

José Chacon
José Chacon

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.