
O dólar opera nesta quarta-feira (21), moldado por uma combinação de fatores externos e internos, com destaque para preocupações fiscais nos Estados Unidos (EUA), incertezas sobre tarifas comerciais e expectativas em torno das políticas monetárias globais
Na última terça-feira (20), a moeda americana fechou o pregão em alta de 0,26%, cotada a R$ 5,669.
No cenário internacional, o foco está não déficit dos Estados Unidos, com projeção da Moody’s indicando que o rombo poderá chegar em 9% do PIB até 2035.
A perspectiva pressiona a confiança dos investidores na sustentabilidade fiscal americana, embora o dólar siga se beneficiando da aversão ao risco no curto prazo.
Além disso, tarifas comerciais implementadas pelo governo de Donald Trump ainda levantam incertezas. Dirigentes do Federal Reserve (Fed) alertaram que as medidas impactam o consumo e os investimentos, e podem elevar a inflação, sustentando a política de juros altos por mais tempo.
Na China, o Banco Central anunciou medidas de estímulo ao consumo e à inovação, além de reforçar a intenção internacionalizar o renminbi,o que representa um desafio ao domínio global do dólar no longo prazo.
Na zona do euro, investidores acompanham a análise de estabilidade financeira do Banco Central da Europa (BCE) e discursos de dirigentes que podem indicar mudanças na política monetária do bloco.
Já no Brasil, a agenda de indicadores está esvaziada, mas o mercado monitora a proposta de isenção do IRPF para rendas até R$ 5 mil.
O relator Arthur Lira alertou que a medida não será aprovada sem compensações aos entes federativos.
Esse impasse pode gerar volatilidade no real, já que o mercado teme que a proposta possa ampliar o desequilíbrio fiscal brasileiro, caso aprovada sem contrapartidas.