
- Brent sobe a US$ 66 e WTI fecha a US$ 62 após tensões com a Rússia
- Sanções ofuscaram impacto do aumento de produção da Opep+
- Mercado deve enfrentar dias de forte volatilidade nos preços
O mercado de petróleo iniciou a semana em alta, mesmo após a decisão da Opep+ de ampliar a produção a partir de outubro. Assim, a expectativa de novas sanções do Ocidente contra a Rússia sustentou os preços e reduziu o peso da decisão do cartel.
Na Nymex, o WTI para outubro avançou 0,63%, encerrando a US$ 62,26 por barril. Já o Brent para novembro, negociado na ICE, subiu 0,79%, fechando a US$ 66,02.
Geopolítica ganha força
As negociações entre EUA e União Europeia para ampliar medidas contra Moscou dominaram a atenção dos investidores. O maior ataque russo à Ucrânia desde o início da guerra foi o estopim da nova rodada de pressões.
Em resposta, o Kremlin afirmou que “nenhuma sanção mudará sua posição” em relação ao conflito. Além disso, a fala reforçou o risco de prolongamento das tensões.
Portanto, segundo a Rystad Energy, o aumento de 137 mil barris por dia pode parecer modesto, mas tem grande peso simbólico. O cartel sinaliza que busca recuperar espaço no mercado, mesmo com risco de excesso de oferta.
Volatilidade à frente
Com a narrativa de equilíbrio entre oferta e demanda em transição, analistas projetam dias de volatilidade nos preços do Brent. O mercado deve reagir a cada sinal geopolítico ou mudança de política do cartel.
Ademais, a decisão da Saudi Aramco de reduzir preços de venda para Europa, EUA e Ásia adiciona outro ponto de pressão. O corte pode intensificar a concorrência global e mexer com margens.
Por fim, nesse ambiente a reação dos investidores tende a ser imediata. Expectativas de novos ajustes da Opep+ e eventuais sanções adicionais seguirão ditando o ritmo da commodity.