
A Oi (OIBR3), que ainda caminha em recuperação judicial, anunciou que os credores de dois de seus papéis de dívida — as Notas Sênior Garantidas com vencimento em 2027 e as Debêntures da 13ª emissão — deram sinal verde para a conversão dos juros que venceriam em 30 de junho de 2025 em valor principal. Em vez de pagar, a Oi passa a dever mais — mas ganha respiro e liquidez imediata .
Por que isso significa?
Ao capitalizar os juros, a Oi evita desembolsos em um momento delicado, priorizando o fortalecimento do caixa e a execução do plano de recuperação judicial.
Mais do que respirar financeiramente, a empresa sinaliza foco em competitividade e sustentabilidade de longo prazo.
E por que os credores da Oi aceitaram?
Ao abrir mão de receber os juros na data prevista, os investidores ganham uma aposta mais firme na reestruturação da Oi.
A aposta é simples: se a empresa voltar a operar com fluidez financeira, os credores colherão frutos de uma dívida bem renegociada — com chance de retorno maior do que receber juros rapidamente e ver a Oi afundar.
Movimento comum
Esse processo costuma ser típico em empresa com reestruturação financeira em curso.
A capitalização dos juros visa “reforçar o caixa e avançar na recuperação judicial”, numa clara tentativa de reforço de confiança entre investidores e credores.
O próximo passo agora é acompanhar como essa renegociação impactará:
- A percepção dos investidores da Oi— se os termos forem considerados atrativos, pode haver reação positiva nas ações (OIBR3).
- O andamento do plano judicial — a eficiência da recuperação dependerá justamente da robustez do caixa.
- A capacidade da Oi em captar recursos futuros — o mercado precisa enxergar essa jogada como um sinal de confiança renovada na empresa.