
A Oi (OIBR3)(OIBR4) – ainda em recuperação judicial – apresentou, na última terça-feira (1°), uma proposta de aditamento ao seu plano de recuperação judicial, aprovado em abril e homologado pela Justiça em maio deste ano.
A medida representa mais um passo da operadora em sua longa tentativa de reestruturação e sobrevivência no mercado, após anos mergulhada em dívidas bilionárias.
De acordo com o comunicado enviado ao mercado, o novo aditamento tem como objetivo principal reorganizar os pagamentos de credores trabalhistas (Classe I) e quirografários (Classe III).
A ideia é alinhar esses compromissos à real capacidade de geração de caixa do grupo Oi, permitindo que a companhia mantenha suas operações em funcionamento enquanto tenta estabilizar sua estrutura financeira.
Além disso, a proposta busca reduzir o passivo do grupo como um todo, liberando recursos imediatos que serão usados na manutenção das atividades da companhia.
Segundo a Oi, essa reformulação seria essencial para que a nova gestão consiga ajustar a estrutura de capital à dura realidade enfrentada após as etapas iniciais da reestruturação.
“O objetivo é garantir um fôlego financeiro para que a nova gestão possa adequar a estrutura de capital do Grupo Oi conforme a realidade financeira da Companhia”, destacou a empresa.
A proposta de aditamento ainda será submetida à deliberação dos credores em nova Assembleia Geral, e, em seguida, dependerá de homologação pela 7ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Rio de Janeiro, responsável pelo processo de recuperação judicial da companhia.
Um novo capítulo na longa saga da Oi
Esta é mais uma reviravolta na segunda recuperação judicial da Oi, iniciada em 2023, menos de dois anos após o encerramento da primeira, considerada a maior da história do Brasil.
Desde então, a companhia já vendeu ativos estratégicos, renegociou dívidas com credores e enxugou sua operação, focando em serviços de fibra óptica — mas ainda luta para equilibrar as contas em um setor altamente competitivo e de margens estreitas.