
- Ações da Oi caem para R$ 0,37, mínima histórica na B3
- Justiça afastou toda a diretoria e conselho da companhia
- Mercado teme risco de falência em meio à recuperação judicial
As ações da Oi (OIBR3) entraram em colapso nesta quarta-feira (1º), chegando a R$ 0,37, o menor valor da história recente da operadora. A queda ultrapassou 26% no pregão da B3, reacendendo dúvidas sobre a capacidade da companhia de sobreviver à crise.
A derrocada aconteceu após decisão da Justiça do Rio de Janeiro, que afastou toda a administração da empresa. Nesse sentido, a medida atinge tanto a diretoria quanto o conselho de administração, e ocorre no meio do processo de recuperação judicial.
Afastamento determinado
A decisão judicial determinou o afastamento para permitir a elaboração de um plano de transição. O tribunal busca garantir a continuidade dos serviços de telecomunicações prestados pela companhia, considerados essenciais.
Sendo assim, a medida também inclui a suspensão da consultoria contratada pelos acionistas da Oi para auxiliar no processo de reestruturação. Para o mercado, a decisão indica desconfiança crescente sobre a capacidade do atual comando de lidar com a crise.
Desse modo, a reação dos investidores foi imediata, com os papéis renovando mínimas históricas. O tombo de hoje se soma às fortes perdas acumuladas desde o início da semana.
Ações no fundo do poço
Por volta das 14h35, os papéis eram negociados a R$ 0,39, após já terem caído a R$ 0,41 às 13h15. A volatilidade refletiu a percepção de risco extremo entre acionistas e credores.
A Oi enfrenta um dos processos de recuperação judicial mais complexos do Brasil, e a decisão da Justiça pode acelerar uma mudança completa na gestão. Além disso, o mercado agora aguarda a definição de um novo plano de continuidade.
Portanto, cresce a preocupação de que a empresa não consiga sustentar suas operações financeiras, alimentando rumores de falência.
Perspectivas para a Oi
O afastamento da diretoria abre espaço para uma gestão independente, mas aumenta o temor de instabilidade. Investidores avaliam que o desafio será reconstruir a confiança em meio a dívidas bilionárias e queda contínua de receitas.
Ademais, a definição de novos gestores será crucial para o futuro da companhia. A permanência da Oi na bolsa dependerá da capacidade de atrair apoio de credores e manter os serviços ativos.
Enquanto isso, a ação segue cotada a centavos, consolidando o papel como um dos maiores símbolos de crise do mercado brasileiro.