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Oncoclínicas (ONCO3) fecha acordo milionário com Banco Master e estende pagamentos até 2027

A Oncoclínicas repactuou R$ 478 milhões em CDBs ligados ao Banco Master, com cronograma parcelado e cláusulas de proteção contra inadimplência.

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  • Oncoclínicas repactuou R$ 478,2 milhões em CDBs ligados ao Banco Master.
  • Pagamentos mensais serão feitos até maio de 2027, mantendo taxa original.
  • Acordo está vinculado a fundos de Daniel Vorcaro e ao aumento de capital de R$ 2 bilhões.

A Oncoclínicas anunciou nesta quarta-feira (22) a repactuação de R$ 478,2 milhões em CDBs emitidos por instituição financeira ligada ao Banco Master. O novo acordo define pagamentos mensais entre R$ 20 milhões e R$ 25 milhões, com vencimento final previsto para maio de 2027.

Segundo a companhia, o Banco Master de Investimento (BMI) se comprometeu a seguir o cronograma de resgate sem alteração nas taxas de remuneração. O contrato inclui cláusulas de vencimento antecipado em caso de inadimplência ou intervenção no banco.

Detalhes do acordo e garantias

De acordo com o comunicado, se houver descumprimento de qualquer parcela, a Oncoclínicas poderá usar o saldo aplicado nos CDBs para adquirir as cotas dos fundos Tessália e Quíron, veículos de investimento controlados por Daniel Vorcaro, por R$ 1 simbólico.

Além disso, a operação depende da aprovação dos acionistas em assembleia geral extraordinária. O acordo também exige a conclusão das negociações com o Banco Master. O banco deve liberar o acesso às cotas dos fundos após o acerto.

Desse modo, a empresa também informou que terá a opção de comprar ações do Banco Master pelo preço de mercado, desde que a transação receba aprovação dos acionistas.

Impacto financeiro e aumento de capital

A repactuação ocorre em meio ao plano de reforço de caixa da Oncoclínicas, que aprovou um aumento de capital de até R$ 2 bilhões. O movimento prevê a emissão de até 666,7 milhões de novas ações, a R$ 3,00 por papel, com aporte mínimo de R$ 1 bilhão.

Ademais, analistas afirmam que o acordo com o Banco Master traz previsibilidade ao fluxo de caixa. O ajuste reduz as pressões de curto prazo. Porém, o resultado ainda depende da estabilidade institucional do emissor. A manutenção da taxa dos CDBs também é vista como sinal de convergência entre as partes.

Por fim, a companhia definiu o cronograma de pagamentos até 2027. Ela espera reforçar a liquidez e ajustar o perfil de vencimentos. As ações seguem a estratégia de reestruturação financeira iniciada no primeiro semestre.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.