
- Oracle dispara e BDRs (ORCL34) sobem mais de 20% no Brasil
- Larry Ellison ultrapassa Elon Musk e vira o homem mais rico do mundo
- Boom da inteligência artificial impulsiona contratos e acelera a reprecificação da empresa
O mercado vive um dia histórico. Os BDRs da Oracle (ORCL34) subiram 20,5% na B3 nesta quarta-feira (10), acompanhando a alta de 40% das ações em Nova York. O movimento não apenas surpreendeu Wall Street, como também redefiniu o ranking dos bilionários.
Larry Ellison, fundador da Oracle, ultrapassou Elon Musk e se tornou a pessoa mais rica do mundo. Sua fortuna agora é estimada em US$ 384 bilhões (R$ 2,07 trilhões). O crescimento da demanda em inteligência artificial e a força da Oracle Cloud impulsionam esse resultado.
O que aconteceu com a Oracle
A CEO Safra Catz anunciou um trimestre “surpreendente”, com quatro contratos bilionários assinados com três grandes clientes, o que elevou a carteira de pedidos da Oracle para US$ 455 bilhões. Trata-se de um salto de 359% em relação ao trimestre anterior, e que garantirá receitas futuras muito acima das projeções.
Esse desempenho mostra que a Oracle, antes criticada por demorar a apostar na nuvem, agora se beneficia do apetite global por infraestrutura de data centers. A corrida das big techs em IA está acelerando os contratos e mudando a perspectiva de crescimento da empresa.
Além disso, a companhia fechou neste ano uma parceria com a OpenAI e a SoftBank no projeto Stargate, avaliado em US$ 500 bilhões, reforçando seu posicionamento como protagonista da revolução da IA.
Musk perde fôlego, Ellison assume a ponta
Enquanto Ellison assumia o topo do ranking, Musk enfrentava dificuldades.
Nesse sentido, o valor de mercado da Tesla caiu 25% desde dezembro, pressionado por críticas ao bilionário devido ao apoio ao governo Trump e por cortes em projetos de veículos elétricos.
Além disso, a fatia de 16% de Musk na Tesla agora vale US$ 187 bilhões, menos da metade do patrimônio de Ellison.
Portanto, o contraste entre as duas trajetórias mostra como a inteligência artificial passou a definir o novo centro de poder em Wall Street.
Impacto para investidores brasileiros
Para o investidor local, o reflexo imediato está nos BDRs da Oracle (ORCL34), que saltaram mais de 20% e ampliaram o interesse por ativos ligados à nuvem e à IA.
Ademais, o movimento também acende alerta sobre a volatilidade em empresas que dependem de confiança do consumidor, como a Tesla.
Por fim, a valorização bilionária da Oracle reforça a tese de que a corrida pela infraestrutura de inteligência artificial pode definir os próximos campeões da Bolsa e Ellison acaba de mostrar isso ao mundo.