
- 11 FIIs aparecem entre os mais recomendados de dezembro, com dominância de fundos de recebíveis e logística.
- BRCO11 e KNCR11 lideram as indicações, reforçados pela previsibilidade e qualidade de gestão.
- A expectativa de queda da Selic direciona as escolhas, favorecendo crédito, galpões logísticos e estratégias híbridas.
O mercado de fundos imobiliários entra em dezembro embalado pelo desempenho forte do Ifix, que renovou máximas em novembro e reforçou o apetite por ativos ligados à renda passiva. A melhora do humor ocorre em um cenário em que a expectativa de queda da Selic volta a direcionar as carteiras.
Com esse pano de fundo, 11 FIIs se destacam nas recomendações de dez bancos e corretoras consultados, mantendo o foco em crédito imobiliário, logística e estratégias híbridas que tendem a reagir antes dos cortes de juros.
Carteiras reforçam preferência por crédito e logística
As recomendações de dezembro apontam força dos fundos de recebíveis, que ocupam quatro posições entre os mais citados. Segundo as casas, esse grupo ainda se beneficia das taxas elevadas, enquanto a curva futura já projeta um ciclo de afrouxamento monetário. O movimento reforça a busca por previsibilidade e menor volatilidade.
Ao mesmo tempo, os analistas destacam dois fundos de logística, que seguem impulsionados por uma atividade econômica mais firme e contratos de longo prazo. A projeção é que a demanda por galpões continue resiliente, favorecendo dividendos regulares.
Também surgem entre os recomendados um fundo de shopping centers e outro de lajes corporativas, sinalizando confiança em segmentos ligados ao varejo físico e ao mercado premium de escritórios, especialmente no eixo paulista.
Os fundos mais indicados e seus diferenciais
BRCO11 e KNCR11 lideram a lista, cada um com seis recomendações. O Bresco Logística é elogiado pela forte presença em São Paulo e contratos atípicos, que aumentam previsibilidade. Já o Kinea Renda Imobiliária mantém grande parte do portfólio em CRIs de baixo risco, com gestão reconhecida e volatilidade menor que a média do setor.
Na sequência aparece o BTLG11, com cinco indicações e ênfase em imóveis de qualidade, boa localização e histórico sólido de reciclagem de ativos. Assim, entre os recebíveis, o KNSC11 e o RBRR11 se destacam pela diversificação, garantias robustas e gestão experiente.
Por fim, o RBRX11, classificado como multiestratégia, chamou atenção após a incorporação do RBRF11, que ampliou seu patrimônio e aumentou a liquidez. Já o TRXF11 segue como opção para quem busca renda e exposição ao varejo alimentar, enquanto o XPML11 é apontado como preferência no segmento de shoppings.
Fundos híbridos e lajes seguem no radar
O KNHF11 compõe a lista com uma estratégia que combina CRI, tijolo e multimercados, usando alavancagem moderada para ampliar retorno.
Ademais, no grupo de recebíveis, o MCCI11 permanece entre as recomendações com portfólio de baixo risco e garantias sólidas.
Fechando o ranking, o PVBI11 se destaca pela concentração no eixo Faria Lima–Itaim, reciclagem ativa de portfólio e imóveis de alto padrão, mantendo forte liquidez no mercado secundário.