- O dólar opera em baixa nesta sexta-feira (13), cotado perto de R$ 6,00, e caminha para uma perda semanal
- O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) cresceu 0,10% em outubro, superando as expectativas de queda
- O mercado continua atento ao cenário fiscal do Brasil, que impacta diretamente o valor do real frente ao dólar.
- O Banco Central realizará leilões de swap cambial para controlar a volatilidade do câmbio e garantir a estabilidade da moeda
O dólar segue em queda nesta sexta-feira (13), operando em torno de R$ 6,00, com um movimento rumo a uma perda semanal. O recuo da moeda americana acontece enquanto investidores permanecem atentos aos desdobramentos fiscais do Brasil. Contudo, que continuam a impactar as expectativas econômicas do país.
A mais recente divulgação do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) também trouxe um sinal positivo. Surpreendendo o mercado com um crescimento de 0,10% em outubro, contrariando a previsão de uma leve queda de 0,20%.
Cenário econômico e fiscal
Às 9h11, o dólar à vista era cotado a R$ 5,998 para compra e R$ 6,000 para venda, apresentando uma queda de 0,18% em relação ao fechamento anterior. Já o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento registrava alta de 0,39%, cotado a R$ 6,009.
Na quinta-feira (12), a moeda americana havia encerrado o dia em alta de 0,90%, sendo cotada a R$ 6,0128. Ainda, em resposta ao cenário fiscal e o comportamento do mercado global.
Apesar da leve recuperação na véspera, a tendência de queda do dólar ao longo da semana está em linha com os dados divulgados. O IBC-Br, que serve como um indicador do Produto Interno Bruto (PIB), registrou um avanço de 0,10% em outubro, surpreendendo positivamente.
O consenso de analistas consultados pela Reuters apontava para uma queda de 0,20%. Dessa forma, o que indica que a atividade econômica está se mantendo relativamente mais forte do que se esperava, proporcionando um suporte à moeda local, o real.
A atenção para o cenário fiscal
O cenário fiscal do Brasil continua sendo o principal ponto de atenção dos investidores. O governo brasileiro enfrenta desafios em relação à condução das contas públicas, o que gera incertezas no mercado.
Embora o desempenho do PIB tenha surpreendido, ainda há um grande foco nas reformas fiscais e na evolução das políticas públicas que impactam diretamente o câmbio e o comportamento das moedas no mercado internacional.
No entanto, a pressão sobre o real está longe de desaparecer. O Banco Central, que tem realizado uma série de intervenções no mercado de câmbio, anunciou nesta sexta-feira (13) que fará o leilão de até 15.000 contratos de swap cambial tradicional.
O leilão tem como objetivo a rolagem do vencimento de contratos que ocorre em fevereiro de 2025, uma medida de controle da volatilidade do câmbio e de proteção das reservas internacionais.
Expectativas para o mercado
Apesar da queda recente, analistas apontam que o ambiente para o dólar segue desafiador. A moeda americana tem mostrado um desempenho misto frente às principais moedas globais. Assim, refletindo tanto a trajetória da economia global quanto os movimentos internos do Brasil.
O fortalecimento do dólar também é impulsionado por fatores externos, como a política monetária nos Estados Unidos. Mas o cenário fiscal doméstico continua a ser um fator crucial para o comportamento do real.
A semana ainda reserva algumas incertezas, mas é possível que o dólar continue com um desempenho mais contido no curto prazo, à medida que o mercado avalia os resultados fiscais e as perspectivas econômicas para o Brasil.
O movimento de queda do dólar, no entanto, pode ser temporário, dado o quadro fiscal e as intervenções previstas pelo Banco Central, que ainda tem um papel importante na estabilização da moeda.
Com isso, a cotação do dólar e os próximos passos da política monetária e fiscal do Brasil devem ser observados de perto, já que qualquer sinal de mudança nas expectativas pode provocar novas oscilações na moeda.