
- Petrobras (PETR4) eleva QAV em 3,8% a partir de dezembro
- Acumulado do ano aponta avanço de 1,3% no preço do combustível
- Alta corresponde a R$ 0,13 por litro e pressiona custos do setor aéreo
A Petrobras (PETR3; PETR4) aplicou um aumento de 3,8% no preço médio do querosene de aviação vendido às distribuidoras a partir desta segunda-feira (1º). O reajuste representa alta de R$ 0,13 por litro em comparação com novembro, impactando diretamente os custos operacionais do setor aéreo, que já enfrenta margens apertadas.
A estatal informou que, no acumulado de 2025, o preço do QAV registra avanço de 1,3%, equivalente a R$ 0,05 por litro acima do valor praticado em dezembro do ano passado. Os ajustes seguem a política contratual da companhia, que prevê atualização no início de cada mês de acordo com variações de mercado.
Reajuste pressiona setor aéreo em período de maior demanda
O aumento ocorre justamente no começo da alta temporada, quando as companhias aéreas já ampliam rotas e elevam capacidade.
Embora a Petrobras destaque que os reajustes seguem parâmetros contratuais, o impacto no QAV tende a refletir nos custos totais das empresas, já que o combustível responde por parcela relevante das despesas do setor.

Além disso, o avanço ocorre depois de meses de relativa estabilidade, o que adiciona pressão após um período de recuperação gradual da demanda. A sensibilidade do setor a oscilações de insumos segue como ponto de atenção, sobretudo com a volatilidade do petróleo no cenário internacional.
Por fim, o movimento reforça o monitoramento contínuo das companhias sobre preços e previsão de margens, especialmente porque o QAV representa um componente-chave na precificação de passagens.
Dinâmica mensal continua a guiar os preços
A estatal mantém o modelo de atualização mensal baseado em contratos de fornecimento com distribuidoras. Dessa forma, as variações acompanham condições de mercado e oscilações de referenciais internacionais, mesmo quando a tendência anual aponta estabilidade.
Esse mecanismo oferece previsibilidade, mas expõe o setor aéreo a reajustes sucessivos em períodos de maior pressão de custos. Ainda assim, a Petrobras destaca que o acumulado do ano aponta alta moderada, inferior às variações mais intensas observadas em ciclos anteriores.
Apesar disso, analistas avaliam que qualquer mudança no QAV tende a repercutir nas empresas do setor, que podem enfrentar desafios adicionais caso novos ajustes ocorram ao longo dos próximos meses.