Movimentações corporativas

Petrobras (PETR4) avança em nova frente e Assaí (ASAI3) trava batalha contra GPA (PCAR3); entenda

Enquanto a Petrobras ganha terreno em licenciamento ambiental, o Assaí aciona a Justiça contra o GPA e investidores já avaliam os possíveis reflexos.

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  • Petrobras avança no licenciamento e se aproxima da exploração no Amapá.
  • Assaí trava disputa judicial com GPA, elevando volatilidade no varejo.
  • Cyrela, Irani, Helbor, Três Tentos e Vittia anunciaram medidas que mexem com dividendos, recompras, captação e governança.

O mercado brasileiro começou a quinta-feira (25) de olho em uma série de movimentações corporativas que prometem mexer com o humor dos investidores. A Petrobras (PETR4) conquistou um avanço relevante em seu processo de licenciamento ambiental, enquanto o Assaí (ASAI3) entrou em embate judicial contra o GPA (PCAR3).

Além desses dois destaques, empresas como Cyrela (CYRE3), Irani (RANI3), Helbor (HBOR3), Três Tentos (TTEN3) e Vittia (VITT3) divulgaram novidades que envolvem dividendos, recompra de ações, venda de ativos e ajustes em governança.

Petrobras e o novo front no Amapá

A Petrobras obteve aprovação do Ibama para a Avaliação Pré-Operacional (APO) no bloco FZA-M-59, em águas profundas do Amapá. Essa etapa é a última antes da licença para perfuração exploratória.

Ademais, segundo analistas, ainda há ajustes a serem incorporados, como medidas adicionais de proteção à fauna. Porém, o sinal verde reforça a estratégia da estatal em expandir sua presença em novas fronteiras de exploração.

Desse modo, o mercado acompanha de perto, já que a operação pode abrir oportunidades de crescimento, mas também envolve riscos ambientais que podem gerar pressões políticas e regulatórias.

Disputa entre Assaí e GPA

O Assaí ajuizou medida cautelar contra o Casino e o GPA, pedindo a indisponibilidade das ações detidas pelo grupo francês ou, alternativamente, depósito judicial do valor de eventual alienação.

Além disso, a iniciativa busca proteger a companhia de contingências tributárias de R$ 36 milhões e pode trazer volatilidade às ações das duas empresas no curto prazo.

Portanto, essa disputa reacende incertezas sobre reestruturações societárias no setor de varejo, aumentando a atenção de investidores que já monitoram o desempenho pressionado do segmento.

Dividendos e recompras movimentam o pregão

A Cyrela confirmou o pagamento de R$ 391,6 milhões em dividendos no início de outubro, reforçando sua disciplina de capital e chamando atenção de quem busca proventos.

Já a Irani aprovou um novo programa de recompra de ações válido até 2027, movimento que sinaliza confiança no valor intrínseco da empresa e tende a apoiar os papéis.

A Helbor anunciou a venda de dois terrenos em São Paulo e Mato Grosso do Sul. A operação somou R$ 32 milhões e ajusta o landbank para áreas estratégicas.

Agro e governança no radar

No setor agrícola, a Três Tentos (TTEN3) protocolou pedido para oferta de CRA de até R$ 500 milhões, reforçando caixa e diversificação de funding. O movimento reforça a confiança do mercado de capitais no agro.

Já a Vittia (VITT3) comunicou a renúncia de sua vice-presidente independente e coordenadora do comitê de sustentabilidade, levantando alertas sobre sua governança.

Por fim, mesmo sem impacto operacional imediato, a mudança aumenta a atenção do mercado para as práticas de transparência da companhia.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.