
A Petrobras (PETR3)(PETR4) busca atrair investimentos da China e firmar parcerias com empresas locais e asiáticas para renovar sua frota e infraestrutura logística. O anúncio foi feito no último sábado (5), pela CEO da estatal, Magda Chambriard, durante um evento com executivos chineses e brasileiros no Rio de Janeiro.
“Gostaríamos que os chineses fossem parceiros em estaleiros aqui”, declarou Chambriard. “Esperamos a injeção de capital chinês”.
O encontro resultou em um memorando de entendimento entre gigantes chinesas — como Cosco, Offshore Oil Engineering, China State Shipbuilding e China International Marine Containers — e estaleiros brasileiros como EBR, Rio Grande, Mauá, Enseada e Atlântico Sul.
A Petrobras e sua subsidiária logística, Transpetro, atuarão como âncoras para essas possíveis parcerias tecnológicas e comerciais.
Os planos são ambiciosos. Até 2030, a Petrobras pretende contratar cinco novas plataformas flutuantes de produção, armazenamento e descarregamento (FPSOs).
Mais urgente, no entanto, é o plano de renovação da frota até 2026, que prevê a encomenda de 52 novas embarcações, com um investimento total estimado em R$ 29 bilhões.
Além de ampliar sua capacidade logística e operacional, a estatal quer que parte relevante desse montante fique no Brasil, movimentando os estaleiros nacionais.
A iniciativa vai ao encontro do desejo do governo federal, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de impulsionar a produção nacional e gerar empregos.
Nesse sentido, a retomada das encomendas marca uma inflexão na trajetória recente da Petrobras, que viu sua relação com os estaleiros brasileiros ser praticamente congelada desde a operação Lava Jato, em 2014.
A última encomenda significativa havia sido feita em 2016, e só no ano passado a empresa voltou a contratar os estaleiros locais.