
- PETR4 sobe 0,40% e reflete expectativa positiva de fluxo de caixa
- Petrobras investe US$ 1,3 bilhão em Mero e Atapu ao lado da Shell
- XP estima impacto de US$ 590 milhões nos dividendos do 4T25
A Petrobras (PETR4) ampliou sua exposição a reservas premium ao garantir, em consórcio com a Shell, os direitos de produção em Mero e Atapu no leilão realizado nesta quinta-feira. Segundo a XP, esses campos estão entre os ativos de maior produtividade do pré-sal, ao lado de Tupi, e reforçam o plano da estatal de priorizar operações de maior retorno.
O investimento total de US$ 1,3 bilhão deve gerar um impacto de US$ 590 milhões nos dividendos do 4T25, conforme estimaram os analistas. A XP avalia que o movimento é positivo, pois concentra capital em áreas maduras e com fluxo de caixa previsível.
Petrobras reforça estratégia focada em retorno
De acordo com a XP, a decisão de ampliar participação em Mero e Atapu sinaliza que a estatal segue priorizando ativos de alta geração de caixa, o que ajuda a sustentar a política de distribuição de proventos. Além disso, a parceria com a Shell mantém a Petrobras em projetos de risco reduzido e escala elevada.
Os analistas destacam que os campos adquiridos estão entre os de maior produtividade do país, o que fortalece a tese de crescimento sustentável da companhia. Assim, a XP vê o movimento como alinhado ao objetivo da estatal de garantir mais estabilidade operacional.
Com essa estratégia, a Petrobras tende a reforçar sua posição entre os grandes produtores do pré-sal, mantendo volumes elevados e margens competitivas.
Impacto imediato nas ações PETR4
No mercado, o anúncio encontrou reação moderada. Às 11h29, as ações PN PETR4 subiam 0,40%, negociadas a R$ 32,65, refletindo o ajuste às expectativas de fluxo de caixa futuro. Para a XP, esse impacto tende a aumentar à medida que o mercado precifica os dividendos adicionais.
A corretora reforça que o pré-sal segue como principal motor financeiro da estatal. Com isso, investimentos direcionados a campos como Mero e Atapu aumentam a previsibilidade de resultados e fornecem suporte direto à remuneração dos acionistas.
Assim, o banco acredita que a estatal mantém vantagem competitiva importante no setor de óleo e gás, sobretudo em um cenário global de oferta mais ajustada.