
A PetroReconcavo (RECV3) anunciou, na última quinta-feira (5), um contrato para adquirir 50% dos ativos de midstream da 3R Potiguar, subsidiária da Brava Energia (BRAV3), no Estado do Rio Grande do Norte (RN). O valor da transação é de US$ 65 milhões.
Mas o que essa operação representa na prática? A seguir, entenda os detalhes e impactos do negócio.
O que está em jogo?
A PetroReconcavo passará a ser dona de metade de uma infraestrutura essencial para o processamento e transporte de gás natural na região:
- 2 UPGNs (Unidades de Processamento de Gás Natural) com capacidade de 1,5 milhão de m³/dia cada.
- A UPGN III está em operação, enquanto a UPGN II está hibernada.
- A UPGN III está em operação, enquanto a UPGN II está hibernada.
- Sistemas auxiliares, como instalações de compressão, armazenamento de derivados líquidos.
- Um gasoduto, que conecta campos de produção da PetroReconcavo e da Brava até as unidades de processamento.
Quem vai operar os ativos?
Mesmo com a entrada da PetroReconcavo, a Brava continuará como operadora dos ativos.
A gestão conjunta será garantida por meio de um Comitê Operacional (Operations Committee), formado por representantes das duas empresas, que definirá regras de orçamento, custos e eficiência operacional.
Como a PetroReconcavo fará o pagamento?
O pagamento será parcelado em quatro etapas:
- 10% já pagos na assinatura do contrato;
- 25% condicionados à aprovação da operação pelo CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica);
- 50% pagos no fechamento da transação, após cumprimento de todas as condições legais;
- 15% pagos conforme for concluída a transferência dos imóveis ligados aos ativos.
A PetroReconcavo também avalia contratar um financiamento para cobrir até 100% da compra, e informou que manterá o mercado atualizado à medida que o processo evoluir.
Contrato de fornecimento de gás até 2031
Além da aquisição, as empresas assinaram um contrato de fornecimento de gás natural. Contrato de fornecimento de gás até 2031
A PetroReconcavo fornecerá gás rico à Brava pelo período de seis anos, começando com 75 mil m³/dia a partir de julho de 2025, dobrando para 150 mil m³/dia de 2026 a 2030, e retornando ao volume inicial em 2021.
Plano da PetroReconcavo
A aquisição faz parte do plano da PetroReconcavo de resiliência e eficiência operacional, com foco na redução de custos e segurança no escoamento e processamento do gás natural.
O movimento fortalece a posição da empresa no Rio Grande do Norte e integra produção e infraestrutura, um diferencial competitivo importante no setor.
Para investidores, a transação indica expansão estratégica com ativos operacionais já existentes, além de reforçar a geração de receita futura com contratos de fornecimento garantidos.