
- Ações acumulam queda de 96%, reforçando deterioração financeira
- Pimco vende 19,73% e encerra totalmente sua posição na Oi
- Operadora vive crise judicial, com falência decretada e suspensa
A Pimco vendeu toda a sua participação na Oi (OIBR3), encerrando uma relação marcada por conflitos, disputas judiciais e sucessivos impasses na reestruturação da operadora.
A gestora se desfez das 64,8 milhões de ações ordinárias, equivalentes a 19,73% do capital da empresa, segundo carta enviada à companhia.
Venda total e saída definitiva
Os fundos administrados pela Pimco afirmaram não ter planos de influenciar gestão ou controle da Oi e negaram exposição a derivativos ligados aos papéis.
Assim, a decisão encerra anos de participação dentro de um processo de recuperação complexo, marcado por tentativas de reorganização financeira frustradas.
Desse modo, a gestora reforçou que as ações foram recebidas como parte do plano de recuperação judicial, e não por iniciativa de compra voluntária.
Falência suspensa e investigações
A Oi enfrenta mais de uma década de dificuldades, incluindo dois pedidos de proteção contra credores.
Além disso, em novembro, a operadora teve a falência decretada por decisão judicial, medida suspensa dias depois, após recurso de credores.
Portanto, o juiz do caso determinou investigação sobre o papel da Pimco, que já chegou a ter 35% do capital da Oi no passado, antes de reduzir gradualmente sua exposição.
Colapso das ações
As ações ordinárias da Oi acumulam queda de 96% em 2025, operando no menor nível histórico.
Ademais, o movimento da Pimco reforça a percepção de que a operadora permanece em trajetória crítica, com incertezas sobre governança, solvência e futuro operacional.
Por fim, o episódio adiciona pressão ao processo de reestruturação, que ainda não apontou solução consistente para dívidas bilionárias.