
A Embraer (EMBR3) anunciou a abertura oficial de uma subsidiária na capital da Índia, Nova Délhi. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (30).
Segundo a empresa, a nova base permitirá fortalecer diversas frentes: aviação comercial, executiva, defesa, serviços & suporte e até mobilidade aérea urbana — um setor futurista que promete transformar o jeito de se locomover em grandes cidades nos próximos anos.
“O movimento destaca o foco estratégico da empresa no mercado indiano e os esforços contínuos para se envolver com os principais stakeholders em todo o ecossistema da aviação”, declarou a Embraer.
Mas a Embraer já estava lá?
Sim — e discretamente. A Embraer opera atualmente cerca de 50 aeronaves na Índia, distribuídas em 11 modelos diferentes, atuando nos segmentos de defesa, comercial e executivo.
A nova subsidiária, no entanto, simboliza um novo patamar de presença institucional e operacional no país.
Um namoro que já dura algum tempo
O anúncio é mais uma peça de um quebra-cabeça que a empresa vem montando desde 2024, quando assinou um memorando de entendimento com a Mahindra Defence Systems, um dos principais players do setor na Índia. O foco? Uma possível parceria no programa de cargueiros da Força Aérea Indiana com a aeronave C-390 Millennium, orgulho brasileiro no setor militar.
Além disso, a Embraer participará da Assembleia Geral Anual da IATA 2025, que ocorrerá justamente em Nova Délhi.
Por que a Índia?
A Índia deve se tornar nas próximas décadas um dos maiores mercados de aviação do planeta, com um crescimento populacional acelerado, expansão da classe média e forte investimento em defesa e infraestrutura.
Para empresas globais, é um território onde quem chega primeiro, colhe mais.
Para a Embraer, acostumada a disputar espaço com gigantes como Airbus e Boeing, fazer parte desse crescimento desde já pode ser a chave para novas oportunidades — inclusive no campo geopolítico e tecnológico.