
- Itaú BBA projeta valorização de 34%, com preço-alvo de R$ 28 em 2026.
- BTG ressalta reestruturação e desalavancagem, com Dívida Líquida/EBITDA projetada em 1,5x até 2026.
- Diversificação e eficiência tornam a Ultrapar mais sólida e preparada para crescer.
A Ultrapar (UGPA3) voltou ao radar dos investidores com força. O Itaú BBA reafirmou recomendação de compra e preço-alvo de R$ 28 para 2026, enxergando potencial de valorização de 34% em relação ao patamar atual. Já o BTG Pactual reforçou a visão positiva, destacando a evolução estrutural da companhia nos últimos cinco anos.
Ambos os bancos apontam que a holding atravessa um novo ciclo de eficiência e crescimento, sustentada por governança mais robusta, portfólio diversificado e margens em recuperação em suas principais unidades.
BBA vê avanço em Ipiranga, Ultragaz e Ultracargo
O Itaú BBA destacou que a Ultrapar negocia a 9,5 vezes P/L e com fluxo de caixa livre para acionistas projetado em 16% para 2026, números considerados atrativos.
O modelo revisado do banco incorporou a Hidrovias do Brasil, mas ainda não precifica possíveis impactos do programa “Gás do Povo”, que pode alterar a dinâmica da Ultragaz.
Para a Ipiranga, a estimativa é de margem EBITDA de R$ 165/m³ no 3T25, refletindo um trimestre forte e melhora na competição. O BBA acredita que o combate a irregularidades deve impulsionar volumes primeiro, seguido por expansão de margens.
A instituição ressaltou ainda que a empresa projeta R$ 250 milhões em ganhos de eficiência até 2027 e economia anual de R$ 200 milhões com a implementação do novo ERP.
BTG destaca transformação e desalavancagem
O BTG Pactual enfatizou que a Ultrapar é hoje uma companhia mais enxuta e resiliente do que há cinco anos. A Ipiranga representa menos de 50% do EBITDA, enquanto Ultragaz, Ultracargo e Hidrovias ganharam relevância estratégica.
Além disso, cada unidade avançou: a Ipiranga recuperou competitividade; a Ultragaz se fortaleceu no varejo; a Ultracargo expandiu em logística integrada ao agronegócio; e a Hidrovias passou por turnaround operacional.
No nível da holding, o banco apontou melhorias em governança e processos, além de incentivos atrelados a ROIC e geração de caixa.
Portanto, a desalavancagem rápida deve levar a relação Dívida Líquida/EBITDA para 1,5x até 2026, abrindo espaço para dividendos mais robustos e aquisições.
Perspectivas para investidores
O Itaú BBA e o BTG convergem ao afirmar que a Ultrapar atinge um ponto ótimo entre valor e crescimento.
Ademais, o valuation segue abaixo da média histórica e a empresa tem flexibilidade para capturar oportunidades de expansão.
Com esse cenário, os analistas sustentam recomendação de compra. Enquanto o BBA projeta preço-alvo de R$ 28, o BTG trabalha com R$ 26.
Portanto, o consenso é de que a Ultrapar oferece resiliência no curto prazo e potencial de valorização relevante no médio prazo.