
- A disparada da prata acima de US$ 40 favorece diretamente a Aura Minerals listada na B3
- O aumento do custo pressiona setores que dependem do metal como energia solar e eletrônicos
- Investidores enxergam a prata também como ativo de proteção em meio à instabilidade global
A prata ultrapassou os US$ 40 por onça nesta segunda-feira (1), o maior patamar em mais de uma década. O avanço acontece em meio à instabilidade global e à demanda elevada em setores como painéis solares e eletrônicos.
O rali levanta uma pergunta imediata em investidores: quais empresas listadas na B3 podem se beneficiar? A Aura Minerals surge como destaque, já que mantém operações no Brasil e no México e tem exposição relevante à prata em seu portfólio.
Mineração em foco
A disparada do metal abre espaço para ganhos adicionais em companhias com presença na prata. A Aura Minerals (AURA33) se destaca, especialmente pela mina Aranzazu, no México, que registrou um aumento de 40% nas reservas de prata em 2022. Esse salto reforça a expectativa de margens mais robustas em um cenário de preços elevados.
Além disso, a mineradora avança com Borborema, no Rio Grande do Norte. O projeto já realizou o primeiro “gold pour” em 2025 e deve alcançar a produção comercial ainda neste ano, consolidando a estratégia de expansão da empresa na América Latina.
Esse conjunto de fatores coloca a Aura numa posição privilegiada para capturar oportunidades geradas pela valorização da prata, além de atrair novos investidores atentos ao potencial de valorização de médio prazo.
Setores que sentem pressão
Enquanto mineradoras ganham tração, setores dependentes da prata enfrentam custos maiores. O metal é insumo essencial para a indústria de energia solar, cabos e componentes eletrônicos, o que pressiona margens e pode adiar projetos de expansão.
O desafio é relevante para empresas ligadas à transição energética, já que, mesmo com demanda estrutural em alta, os custos mais elevados reduzem a velocidade de implementação e exigem maior disciplina de capital.
Apesar disso, especialistas lembram que a demanda por tecnologias limpas segue resiliente. Essa tendência deve manter a procura por prata em níveis firmes, reduzindo o risco de uma queda abrupta nos preços.
Prata como ativo de proteção
O metal também reforça seu papel histórico como reserva de valor. Em momentos de instabilidade geopolítica e inflação elevada, investidores recorrem à prata como alternativa ao ouro ou até às criptomoedas.
Essa busca fortalece fundos e ETFs atrelados ao metal no exterior. No Brasil, cresce o interesse por exposição indireta via ações de mineradoras, principalmente aquelas com potencial de capturar ganhos rápidos em um cenário de preços recordes.
Assim, além do uso industrial, a prata assume protagonismo como ativo de proteção em 2025, consolidando mineradoras como a Aura como nomes estratégicos para a diversificação da carteira.