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Preço do petróleo dispara com decisão inesperada da OPEP+, tensões geopolíticas e riscos à oferta

Oferta limitada, tensões geopolíticas e desastres naturais impulsionam forte alta no preço do petróleo, que sobe mais de 3% nesta segunda-feira

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O preço do petróleo opera em alta nesta segunda-feira (2), impulsionado pela decisão da OPEP+, tensões militares e políticas no cenário internacional, além de riscos climáticos que ameaçam a produção. O barril do Brent para agosto avança 3,79%, cotado a US$ 65,16, por volta das 09:20.

OPEP+: aumento menor e resistência interna

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) anunciou no sábado (1º) um aumento moderado de 411 mil barris por dia (bpd) na oferta para julho.

A decisão veio em meio a discussões acaloradas, com objeções de membros-chave, como a Rússia, que demonstraram resistência à medida.

Na reta final da semana passada, o mercado já especulava um retorno de volumes ainda maiores, o que levou muitos investidores a montarem posições pessimistas — com apostas vendidas em petróleo Brent alcançando o maior nível desde outubro.

A reviravolta na decisão, mais comedida que o esperado, desencadeou uma onda de recompra dessas posições, ajudando a empurrar os preços para cima.

Cenário geopolítico acende alerta sobre o petróleo

Além da decisão da OPEP+, o petróleo também reage a uma escalada nas tensões geopolíticas.

A Ucrânia lançou ataques contra bases aéreas em território russo, aumentando a preocupação com uma possível ampliação do conflito.

No Oriente Médio, o Irã criticou duramente um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que apontou um aumento considerável em seus estoques de urânio enriquecido — reacendendo preocupações sobre estabilidade regional e possíveis sanções que afetem sua produção e exportação de petróleo.

Natureza também entra em cena

Como se não bastasse, incêndios florestais no Canadá voltaram a ameaçar a produção de petróleo em uma das maiores regiões produtoras do mundo.

O risco de paralisações ou restrições logísticas reforça o cenário de possível aperto na oferta global.

José Chacon
José Chacon

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.