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Prejuízo de R$ 3,5 bi no 3T25 faz papéis da Usiminas (USIM5) despencarem

Resultado do 3T25 foi afetado por impairment de ativos e revisão de créditos tributários; sem efeito contábil, empresa teria lucro de R$ 108 milhões.

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  • Usiminas (USIM5) registra prejuízo de R$ 3,5 bilhões no 3T25.
  • Resultado impactado por impairment de ativos (R$ 2,2 bi) e ajuste tributário (R$ 1,4 bi).
  • Sem esses efeitos, empresa teria lucro líquido de R$ 108 milhões.

As ações da Usiminas (USIM5) caíam 4,02% por volta das 11h13 desta sexta-feira (24). A queda ocorreu após a divulgação de um prejuízo líquido de R$ 3,5 bilhões no 3T25. O resultado representa reversão completa em relação ao lucro de R$ 185 milhões registrado no 3T24. A mudança decorre de reavaliação contábil de ativos e impostos da companhia.

Segundo a Usiminas, o desempenho foi impactado por uma perda por impairment de R$ 2,2 bilhões. Houve também um ajuste de R$ 1,4 bilhão em impostos diferidos, conforme normas contábeis vigentes. Em análise, o Santander avaliou que o Ebitda ficou 6% abaixo do esperado.

Impacto contábil e reações do mercado

A companhia informou que os ajustes contábeis não têm efeito no caixa, mas pesaram significativamente no resultado líquido do trimestre.

“Sem o efeito mencionado, o lucro líquido teria sido de R$ 108 milhões”, destacou a empresa em seu relatório.

Além disso, analistas avaliam que o resultado reforça a necessidade de cautela com o setor siderúrgico, que enfrenta custos elevados, desaceleração da demanda interna e pressão sobre margens.

Portanto, o mercado reagiu de forma imediata, refletindo a preocupação com a geração de caixa operacional e a perspectiva de revisão nas projeções de lucro para o próximo trimestre.

Contexto setorial e perspectivas

A Usiminas, que atua nos segmentos de aço, mineração e transformação, vem enfrentando queda nos volumes de venda e margens mais apertadas devido à concorrência externa e à volatilidade cambial.

Ademais, a alta dos custos de energia e insumos e a desaceleração da construção civil também contribuíram para o cenário negativo.

Por fim, mesmo assim, parte dos analistas vê potencial de recuperação gradual a partir de 2026, caso a demanda por aço volte a subir com investimentos em infraestrutura.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.