
- Reservas estratégicas elevam demanda por um ativo de oferta limitada.
- ETFs ampliam a exposição institucional e aprofundam a liquidez.
- Clareza regulatória nos EUA destrava capital e produtos para o varejo e o institucional.
O bitcoin pode chegar a US$ 1 milhão até 2030, diz Brian Armstrong, CEO da Coinbase. Hoje, a moeda gira pouco acima de US$ 110 mil.
Segundo o executivo, três vetores sustentam a projeção: segurança regulatória, exposição de investidores institucionais e reservas estratégicas em BTC formadas por grandes economias.
Reservas estratégicas de bitcoin
Armstrong destaca a U.S. Strategic Bitcoin Reserve como ponto de virada. Os EUA reuniram 198 mil bitcoins a partir de apreensões federais e centralizaram o estoque.
Além disso, o CEO avalia que outras nações do G20 podem seguir esse caminho. Governos que guardam BTC criam demanda estrutural e elevam a escassez percebida.
Por fim, a oferta limitada reforça o efeito. Nunca existirão mais de 21 milhões de moedas e quase 20 milhões já circulam. Esse dado sustenta a tese de “choque de demanda em ativo escasso”.
Entrada institucional via ETFs
Os ETFs de bitcoin abriram a porta para fundos tradicionais. Armstrong projeta “toneladas de dinheiro institucional” migrando para esses veículos ao longo do ciclo.
Além disso, muitos grandes fundos ainda não têm BTC em carteira. Uma simples alocação tática pode destravar fluxos relevantes e aumentar a liquidez do mercado.
Portanto, a presença institucional reduz barreiras de acesso, melhora custódia e governança e tende a diminuir spreads. A volatilidade continua, mas o ecossistema amadurece.
Marco regulatório nos EUA
Armstrong cita o Digital Asset Market Clarity Act como peça central. A proposta delimita competências entre SEC e CFTC e reduz incerteza jurídica para empresas e investidores.
Além disso, o Genius Act, aprovado em julho, estabeleceu regras para stablecoins e ajudou a restaurar confiança no segmento. O combo regulatório melhora a previsibilidade.
Por fim, o CEO afirma que a Coinbase quer virar a “conta financeira principal” do usuário. A ambição pressiona bancos legados e acelera a competição em pagamentos e serviços.