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PRIO dá show na Bolsa: Ibovespa fecha estável após aquisição bilionária em petróleo

Sessão marcada por quedas em bancos e frigoríficos, ação da Prio dispara 8% com compra de participação no campo de Peregrino por US$ 3,5 bi.

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PRIO dá show na Bolsa: Ibovespa fecha estável após aquisição bilionária em petróleo
  • Ação salta 8,07% após compra de 60% do campo de Peregrino da Equinor por US$ 3,5 bilhões
  • Índice avança 0,05% e acumula ganho de 0,29% na semana, sustentado por petroleiras
  • Bradesco recua 2,11% e JBS perde 1,45%, impedindo desempenho mais forte do índice

Em uma sexta-feira de ressaca pós-feriado e com baixa liquidez, a ação da Prio (PRIO3) brilhou na Bolsa brasileira e impediu um fechamento negativo do Ibovespa.

A companhia anunciou um acordo de US$ 3,5 bilhões para adquirir 60% de participação da norueguesa Equinor no campo de Peregrino, na Bacia de Campos. A operação gerou forte entusiasmo entre os investidores e impulsionou os papéis da petrolífera, que encerraram o dia com alta de 8,07%.

O Ibovespa, principal índice da B3, oscilou bastante ao longo da sessão e encerrou praticamente estável, com alta discreta de 0,05%, aos 135.133,88 pontos. A mínima do dia foi de 134.355,20 pontos, enquanto a máxima chegou a 135.275,05. A virada positiva ocorreu nos minutos finais, durante os leilões de fechamento, garantindo também um saldo semanal positivo de 0,29%, a quarta semana consecutiva no azul.

Prio lidera e contrasta com queda dos grandes

A grande responsável pelo alívio no fechamento desta sexta-feira foi a Prio. O anúncio da compra da fatia majoritária no campo de Peregrino representa uma jogada ousada e estratégica para a petroleira independente, que reforça sua presença no pré-sal brasileiro.

O mercado reagiu imediatamente: a ação se tornou a mais negociada do pregão, superando pesos pesados como Petrobras e Vale, e liderou os ganhos do dia.

Enquanto isso, as chamadas “petro juniores” também tiveram desempenho positivo. Dessa forma, aproveitando o bom humor pontual do setor de óleo e gás, mesmo com a nova queda do petróleo no mercado internacional. Petrobras (PETR4), contrariando a lógica do preço do barril, fechou em alta de 2,73% e colaborou para impedir um recuo do índice.

Já os gigantes tradicionais do Ibovespa decepcionaram. O setor bancário pesou negativamente, com quedas generalizadas: Bradesco (BBDC4) recuou 2,11%, enquanto Itaú, Santander e Banco do Brasil também fecharam no vermelho. O movimento refletiu realização de lucros após sequência de altas recentes.

Outro destaque negativo ficou por conta dos frigoríficos, com JBS (JBSS3) perdendo 1,45%, pressionada por preocupações com margens e exportações. A queda da companhia foi acompanhada por recuos de Marfrig e BRF.

Dólar cai e juros futuros ficam mistos

No câmbio, o dólar comercial seguiu em queda e terminou o dia com baixa de 0,41%, cotado a R$ 5,654. A desvalorização da moeda americana se manteve ao longo da semana em linha com o alívio externo e a expectativa de cortes de juros nos Estados Unidos, ainda que o mercado local siga cauteloso.

Os juros futuros (DIs) fecharam em direções opostas, refletindo o compasso de espera dos investidores em relação às sinalizações do Banco Central e do Federal Reserve. A curva curta teve leve alta, enquanto os vértices intermediários e longos oscilaram para baixo. Assim, em um movimento técnico diante da falta de catalisadores concretos no cenário macroeconômico local.

Rocha Schwartz
Paola Rocha Schwartz

Estudante de Jornalismo, movida pelo interesse em produzir conteúdos relevantes e dar voz a diferentes perspectivas. Possuo experiência nas áreas educacional e administrativa, o que contribuiu para desenvolver uma comunicação clara, empática e eficiente.

Estudante de Jornalismo, movida pelo interesse em produzir conteúdos relevantes e dar voz a diferentes perspectivas. Possuo experiência nas áreas educacional e administrativa, o que contribuiu para desenvolver uma comunicação clara, empática e eficiente.